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Olimpíada 2016

Em coletiva, Nuzman despista sobre denúncia de funcionária demitida

27 set 2012 - 18h10
(atualizado às 20h55)
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André Naddeo
Direto do Rio de Janeiro

O presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, ao lado do diretor geral da entidade, Leonardo Gryner, não esclareceu a denúncia da ex-funcionária Renata Santiago, demitida no caso do vazamento de arquivos confidenciais do Comitê Organizador de Londres 2012 (Locog). Renata, um dos nove membros demitidos sem justa causa no caso (primeiramente foram 10 denunciados, mas um profissional teve autorização para cópia e não foi dispensado) veio a público nesta semana para dizer que a cópia das informações era algo de praxe e de ciência do alto escalão do Rio 2016.

Presidente do Rio 2016 apelou a "cláusula de confidencialidade" para despistar sobre cópia de arquivos
Presidente do Rio 2016 apelou a "cláusula de confidencialidade" para despistar sobre cópia de arquivos
Foto: Daniel Ramalho / Terra

"Ela não cumpriu o contrato que assinou", limitou-se a dizer Nuzman, sobre o fato de que os nove funcionários do Rio 2016 assinaram um documento no qual se responsabilizavam em manter sob sigilo os dados de acesso ao Locog - no total, foram 24 secondees destacados exclusivamente neste processo de transferência de conhecimento, desde que o comitê londrino, obviamente, tivesse ciência de tudo o que foi acessado.

Repetidamente, Nuzman e Gryner diziam que o "proprietário das informações é o Locog" ou então que a entidade inglesa "não qualificou o caso como furto", mas se abstiveram em esclarecer a denúncia da única funcionária que conversou com os jornalistas previamente e esclareceu melhor as nuances do episódio - afirmando também que em outras edições olímpicas (Atenas, Pequim e mesmo em Londres) a cópia de arquivos também ocorria.

"A gente considera que as instruções passadas a ela foram o suficiente. Todas as informações solicitadas têm sido passadas generosamente, e de forma autorizada, eles (Locog) fazem tudo o que for necessário para o que pedimos oficialmente. Tinha um manual que explicava de forma mais popular, de forma mais simples, tanto que nem todos os funcionários que estavam lá agiram de forma errada", tentou explicar Leonardo Gryner.

Mas se todos os envolvidos diretamente na quebra de confiabilidade entre as organizações foram demitidos, e o chefe da Renata Santiago, foi demitido, perguntou um jornalista. "Não", disse Nuzman, resumidamente. O superior de Renata em questão é Mário Cilenti, atual diretor de relações com os comitês internacionais e chefe de vila olímpica (Rio 2016), e também era o chefe em outro episódio de vazamento de informações, ocorrido nos Jogos Pan-Americanos de 2007, também no Rio de Janeiro.

Fonte: Terra
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