Ingrid e Giovanna “são como irmãs”, diz mãe de atleta
Dupla do salto sincronizado brigou depois que Ingrid levou atleta para o quarto que dividia com Giovanna, na Vila dos Atletas
Na primeira semana dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso disputaram a prova de salto sincronizado na plataforma de 10m brigadas e terminaram na última colocação. O desentendimento aconteceu depois de Ingrid, de 20 anos, levar para o quarto que dividia com Giovanna, na Vila dos Atletas, o canoísta Pedro Henrique Gonçalves da Silva, de 23, que competiu na categoria K1, terminando em 6º lugar, algo inédito para o País.
Giovanna deixou o cômodo e procurou membros do Conselho Olímpico Brasileiro (COB) para reclamar da conduta da parceira. Na última terça-feira (9), depois de saltarem, as duas confirmaram o desejo de acabar com a colaboração.
Agora, em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Maria Stella, mãe de Giovanna, de 17 anos, disse que as jovens são “como irmãs” e torce para que elas conversem e façam as pazes. “Assim como quaisquer garotas que passam muito tempo juntas, elas acabam brigando. Foi apenas lamentável que essa desavença tenha acontecido durante os Jogos Olímpicos. Lá no fundo elas realmente gostam uma da outra”.
No entanto, para Maria, essa foi a briga mais boba protagonizada pelas cariocas. “Ingrid é como uma filha para mim. Ela e a Giovanna são como irmãs. Mas acho que não dá para prever quando essas coisas vão acontecer. Ambas são pessoas fortes. Elas tiveram uma discussão durante o treino e ficaram de cabeça quente, não estavam em condições de falar e, claro, quando se é uma dupla no salto sincronizado, é preciso ter comunicação e sincronia”, disse, justificando a oitava colocação das meninas.
“Não sei de nada do que aconteceu no quarto. Sei que elas já não estavam bem e, provavelmente, isso contribuiu para não alcançarem o resultado desejado. Elas constantemente discutem, mas, em seguida, fazem as pazes e são as melhores amigas novamente”, acrescentou. Maria ainda explicou que as atletas já passaram três meses sem se falar, “mas decidiram se acertar na semana antes do início dos Jogos Olímpicos”.
“Não estou brava com a Ingrid. A minha filha ainda é jovem e tem muito tempo pela frente para ganhar medalhas. Só espero que elas se entendam novamente para que, em breve, ela possa vir aqui em casa me visitar”, disse.
A mãe de Ingrid morreu em 2013, por causa de uma insuficiência renal. Depois da perda, a jovem, então com 17 anos, foi morar com a irmã na cidade de Niterói, mas depois de uma discussão alugou um apartamento na Barra de Tijuca, na zona oeste do Rio de janeiro. A esportista também é distante do pai.
Maria acha que, muitas vezes, o “comportamento imaturo” de Ingrid tem relação com a perda da mãe. “Foi muito difícil para ela, especialmente nessa época da vida. Estou constantemente dando conselhos para minha filha e, como resultado, ela é mais equilibrada e não entra em apuros. Ingrid não teve uma mãe no momento em que mais precisava”.
“Muitas vezes, quando estão de bem, ela vem aqui. As duas têm muito a aprender. A maioria dos seus desentendimentos tem relação com os saltos ou algo que acontece durante os treinos. Nunca soube delas brigando por causa de meninos. Mas espero que as duas olhem para trás e aprendam com o que aconteceu aqui no Rio”, finalizou.
Ingrid Oliveira volta às piscinas nesta quarta-feira (17) no salto individual na plataforma de 10m.
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