Eliminado, argentino reclama de torcida contra brasileira
O tenista argentino Juan Mónaco, eliminado nesta terça-feira do torneio de simples dos Jogos Olímpicos, com derrota para o britânico Andy Murray, avaliou o ambiente criado nas quadras do Centro Olímpico de Tênis, onde a rivalidade entre os torcedores de Brasil e Argentina têm sido intensa.
Ontem, o clima chegou a ficar tão tenso que duas pessoas nas arquibancadas chegaram a trocar socos na vitória de Juan Martin del Potro sobre o português João Sousa, pela segunda rodada do torneio olímpico. Na ocasião, o argentino reclamou do comportamento do público local, crítica que ganhou o apoio de Mónaco nesta terça.
"Não acredito que os argentinos insultem os brasileiros. Além de estarem num país em que o público torce pelo rival. É irônico que um brasileiro torça pelo adversário da Argentina. Nós somos um país com sentimento, com sangue e que vive de maneira especial. Sabemos que é preciso torcer e apoiar, não vemos problemas. Outra coisa é a falta de respeito", explicou.
"A Argentina sente de maneira especial os Jogos e esperamos que todos os atletas conquistem algo. Com esportividade, boa energia, isso é positivo", acrescentou o tenista sul-americano sobre a grande presença de torcedores do país nos eventos olímpicos.
Ao falar do confronto que o tirou do torneio de simples dos Jogos Olímpicos, o tenista argentino se mostrou resignado com a derrota para Murray.
"Sabia que era um rival de muita força, que esteve no melhor nível. É preciso pensar positivo em todo caso. É difícil atacá-lo, sobretudo com o vento que havia na quadra. Fiz o que pude e tudo que estava a meu alcance", relatou.
Juan Mónaco celebrou a vitória de seu compatriota Juan Martín del Potro diante de Novak Djokovic e se mostrou esperançoso com as chances que seu companheiro tem de conseguir ir longe na dipsuta dos Jogos.
"Fiquei muito feliz por Del Potro. Não é nada fácil eliminar o número 1 do mundo. Ele tem uma mentalidade positiva e disciplina como atleta. Estamos o apoiando muito, porque ganhar aqui pode ser algo histórico", disse.