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Olimpíada 2016

MP denuncia Cabral e Nuzman por compra de votos na Rio 2016

Citados na Operação Unfair-Play por suspeita no envolvimento no esquema de propina que escolheu o Rio como sede da Olimpíada, nomes como Papa Diack, Lamine Diack, Arthur Soares e Leonardo Gryner já têm suas denúncias apresentadas

18 out 2017 - 11h37
(atualizado às 12h02)
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Nuzman na chegada à sede da PF no Rio de Janeiro
 5/10/2017    REUTERS/Bruno Kelly
Nuzman na chegada à sede da PF no Rio de Janeiro 5/10/2017 REUTERS/Bruno Kelly
Foto: Reuters

As investigações da Operação Unfair-Play tiveram novos desdobramentos nesta quarta-feira. Segundo informações do jornal O Globo, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia contra o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman e mais quatro pessoas envolvidas na suspeita de um esquema: o empresário Arthur Soares, Leonardo Gryner, que foi responsável por dirigir operações no Comitê Rio-2016, o ex-diretor de marketing da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) Papa Massata Diack e o ex-dirigente da Iaaf Lamine Diack.

O ex-presidente do COB foi denunciado por corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de dívidas. Nuzman é suspeito de intermediar pagamento de propinas para o Rio de Janeiro ser a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Gryner foi enquadrado nos casos de corrupção passiva e organização criminosa.

Em relação ao ex-governador do Rio de Janeiro, há a acusação de cometer corrupção passiva. Sérgio Cabral Filho teria comandado um esquema de propinas ao lado de Arthur Soares, que foi denunciado por corrupção ativa. De uma conta do "Rei Arthur", teriam saído pagamentos a Papa Diack e Lamine Diack para comprar os votos que elegeram o Rio de Janeiro.

Nuzman está preso desde o dia 5 de outubro, enquanto Gryner foi liberado no último dia 13. Já Arthur Soares é considerado foragido, e as autoridades brasileiras creem que ele esteja nos Estados Unidos.

Já Papa Diack é considerado foragido pela Justiça francesa, enquanto Lamine Diack está em prisão domiciliar em Paris, sob acusação de que teria encoberto doping de atletas na Rússia.

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