Nuzman dizia que a Rio 2016 era um exemplo de transparência
Preso na manhã desta quinta (5), pela Polícia Federal, em sua casa, na zona sul do Rio, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, repetia sistematicamente que a Olimpíada do Rio em 2016 era um exemplo de organização e transparência. Disse isso em vários encontros com a imprensa antes, durante e após os Jogos, nos quais a reportagem do Terra esteve presente.
Para Nuzman, os Jogos no Rio não tinham nenhuma relação com escândalos de corrupção que surgiam - e surgem ainda hoje – referentes à Copa do Mundo de 2014, com superfaturamento na construção dos estádios, entre outras ilegalidades.
O motivo da prisão do dirigente, que partiu do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, diz respeito a uma eventual participação de Nuzman em esquema de compra de votos para a escolha da capital carioca como sede olímpica.
Nuzman também presidia o Comitê Organizador da Olimpíada e não escondeu sua irritação meses atrás, quando, num evento num restaurante do Rio, foi questionado por repórteres sobre os custos dos Jogos. Em outubro de 2016, numa eleição de candidatura única, chegou ao seu sexto mandato consecutivo à frente do COB.