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Olimpíada 2016

Nuzman oficializa saída de 9 envolvidos em cópia de documentos de 2012

27 set 2012 - 17h34
(atualizado às 20h36)
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ANDRÉ NADDEO
Direto do Rio de Janeiro

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizados dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, pronunciou-se nesta quinta-feira a respeito das denúncias de cópias irregulares de documentos da organização da Olimpíada de 2012, em Londres. O dirigente máximo do esporte olímpico brasileiro reconheceu falhas na cooperação entre cariocas e londrinos, mas afirmou que os casos foram pessoais e isolados, e que os responsáveis já foram desligados de suas funções.

Em comunicado lido ao lado de Leonardo Gryner, diretor-geral do COB, Nuzman afirmou que os nomes dos nove envolvidos demitidos (de um grupo de 24 que trabalho pela organização de 2016 em Londres) não seriam revelados "por entender que essa é uma relação entre empresa e funcionário". "A demissão deles foi a punição adequada para o erro que eles cometeram", declarou Griner quando questionado em sabatina.

Além disso, Nuzman afirmou que os chefes dos setores envolvidos diretamente não tinham ciência das cópias irregulares feitas dos documentos do Comitê Organizador Local dos Jogos Olímpicos de Londres (Locog). Ainda assim, segundo ele, os envolvidos só poderiam ter acessado as informações com "autorização de um funcionário do Locog". A organização do Rio 2016, por sua vez, não comentou o conteúdo dos arquivos copiados indevidamente.

"Os funcionários de diversas áreas do Rio 2016 acessavam a rede do Locog e podiam ler os documentos. Porem, só podiam fazer cópia dos arquivos com autorização do funcionário do Locog", leu Nuzman em comunicado. "A proibição de cópias não autorizadas estava claramente expressa na cláusula de confidencialidade, que constava no contrato que os funcionários de 2016 assinaram com o Locog", completou.

Nas explicações dadas pelos dirigentes do COB e do Rio 2016, o grupo de nove demitidos participava de uma lista de 24 funcionários da organização de 2016, de um total de 200 que foram a Londres, que trabalharam conjuntamente com o Locog. No comunicado lido, Nuzman apenas deu a entender que os demitidos trabalhavam diretamente para Henrique Gonzalez, diretor de recursos humanos do COB, e Elly Resende, gerente geral de tecnologia do Comitê.

Segundo o próprio Nuzman, os dois "foram procurados por suas respectivas contrapartes do Locog 2012, informando que cópias não autorizadas de arquivos foram feitas por funcionários do Rio 2016". O Locog então solicitou a colaboração do Rio para que as cópias fossem localizadas e destruídas. Os britânicos, diante da ação tomada pelo Rio 2016, "agradeceu expressamente o empenho (...) e deu o caso por encerrado", segundo Nuzman.

Em nota lida pelo presidente do COB, o diretor-executivo do Locog, Paul Deighton, "não resultou em violação de segurança grave nem no comprometimento de dados pessoais". "O caso envolveu somente um pequeno número de pessoas e foi resolvido de forma eficiente e eficaz pela organização dos Jogos do Rio 2016. Esse episódio não reflete sobre nenhum aspecto ou comportamento os de parte de membros da equipe do Rio 2016, que estabeleceram em princípio relações amigáveis. Todos os documentos foram devolvidos", comunicou Deighton. O Locog não classificou o incidente como furto, segundo Leonardo Gryner.

Carlos Arthur Nuzman reconheceu falhas de funcionários, mas encerrou polêmica com Locog
Carlos Arthur Nuzman reconheceu falhas de funcionários, mas encerrou polêmica com Locog
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Fonte: Terra
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