Para Anistia Internacional, erros policiais podem prejudicar Rio 2016
A Anistia Internacional divulgou nesta quinta-feira um documento onde afirma que erros policiais, falhas na segurança pública e abuso de força podem comprometer o legado das Olimpíadas do Rio de Janeiro. A organização afirmou que o Brasil segue repetindo erros na área de segurança, como cometidos durante a Copa do Mundo de 2014. A violência […]
A Anistia Internacional divulgou nesta quinta-feira um documento onde afirma que erros policiais, falhas na segurança pública e abuso de força podem comprometer o legado das Olimpíadas do Rio de Janeiro.
A organização afirmou que o Brasil segue repetindo erros na área de segurança, como cometidos durante a Copa do Mundo de 2014. A violência sobre jovens negros nas comunidades da capital fluminense também é um ponto abordado pela entidade, que defende os direitos humanos.
“Em 2009, quando o Rio foi escolhido para sediar os Jogos Olímpicos, as autoridades se comprometeram a melhorar a segurança. Porém, entre estes sete anos, 2.500 pessoas foram mortas pela polícia somente na cidade e poucos casos conseguiram justiça”, declarou Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil.
Ainda segundo o documento da Anistia, os homicídios decorrentes de intervenções policiais cresceram em 40%. Em 2015, subiram mais 11%, em um total de 645 mortos pela polícia.
“A ideia de ‘atirar primeiro, perguntar depois’ coloca a cidade do Rio de Janeiro entre aquelas onde a polícia mais mata no planeta”, disparou. Esta estratégia, para a Anistia, atrapalha o legado deixado pela Olimpíada, de uma cidade com segurança para todos.
A própria polícia também não fica atrás nos números da violência. Em 2015, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, foram 85 mortes de policiais.