Testes e exames definem a categoria dos atletas paralímpicos
Há situações corriqueiras em disputas paralímpicas que deixam dúvidas sobre os critérios que definem a categoria de cada atleta. E se isso poderia deixar alguns em vantagem sobre outros. Na atual edição dos Jogos do Rio, por exemplo, houve provas de algumas modalidades, como natação, que levantaram questionamentos entre parte do público.
Estariam nas mesmas condições paratletas sem nenhum dos braços com adversários que só não têm uma das pernas? As normas do Comitê Paralimpico Internacional (CPI) determinam, neste e em outros tantos casos, que o que vai prevalecer é a capacidade físico-motora de cada um em testes feitos regularmente.
Isso parece estranho. Mas um paratleta com apenas um braço pode ter desempenho superior ou equivalente a outro desprovido somente de uma perna. A definição de categorias, em algumas provas de natação paralimpica, depende de vários testes, entre os quais o de mobilidade articular, força muscular e motores (realizados dentro da água).
O grau de deficiência de cada paratleta é definido por uma equipe de profissionais cadastrados em seus respectivos comitês paralímpicos. Quando em disputas internacionais, os competidores podem ser reavaliados. Ainda mais se mudaram de categoria em datas recentes - o que é muitas vezes o objetivo deles para ter mais chances de sucesso.
Há particularidades em várias modalidades paralímpicas e o judô é outro exemplo disso. Nesta modalidade, o que conta é o grau de deficiência visual. Isso permite a divisão de seus atletas em três classes - os que conseguem definir imagens, os que têm a percepção de vultos e os que não enxergam absolutamente nada. Para se ter a certeza da classificação correta desse grupo de paratletas, valem exames de rotina e outros, bem específicos, que impedem alguma informação incorreta dada pelo competidor. Isso inibe uma eventual tentativa de mudança de classe com o fim de obter vantagens.