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Olimpíada 2016

Nuzman é alvo de operação da PF por fraude na Rio-2016

5 set 2017 - 07h31
(atualizado às 08h14)
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Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB)
Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB)
Foto: Pedro Martins/Agif/Gazeta Press

A força-tarefa da Lava Lato deflagrou uma operação nesta terça-feira (5) contra fraudes, desvio de dinheiro e compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016. Os alvos são o empresário Arthur Cérsar de Menezes Soares Filho, conhecido como "rei Arthur", e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman.

O Ministério Público Federal aponta "fortes indícios" de que Nuzman "interligou corruptos e corruptores" na compra de votos de membros do Comitê Olímpico Internacional (COI). Há um mandado de busca e apreensão em sua casa e Nuzman foi intimado a depor hoje na sede da Polícia Federal.

Já o "rei Arthur" tem um mandado de prisão preventiva contra ele, acusado de lavar parte do dinheiro do esquema através de offshores nas Ilhas Virgens Britânicas e em contas bancárias nos Estados Unidos e Antigua e Barbuda. As sedes do COB e do Comitê Rio-2016 também são alvos de mandados de busca e apreensão.

A operação de hoje ganhou o nome de Unfair Play (Jogo Sujo) e foi determinada pelo juiz da 7ª Vara Criminal, Marcelo Bretas, em cooperação internacional com as autoridades da França e de Antigua e Barbuda. Ao todo, a PF cumpre 11 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.

Em março, uma reportagem do jornal francês "Le Monde" denunciou que, três dias antes da escolha da cidade sede para as Olimpíadas de 2016, houve o pagamento de propina a dirigentes do Comitê Olímpico Internacional.

A família do senegalês Lamine Diack, que na época era presidente da Federação Internacional de Atletismo e membro do COI, teria recebido US$ 1,5 milhão do "rei Arthur", que é um empresário muito próximo ao ex-governador Sergio Cabral, já preso pela Lava Jato.

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