Plano do Rio 2016 prevê democratização de praças esportivas
O plano de legado do Rio 2016 para o Parque Olímpico e o Complexo de Deodoro foi apresentado nesta quarta pelo secretário de governo da cidade do Rio de Janeiro, Pedro Paulo de Carvalho. Ele especificou qual a ideia de utilização das instalações esportivas, falou sobre gestão e governança desses locais, e garantiu que não haverá "elefantes brancos" após a Olimpíada.
Em um vídeo de apresentação do plano de legado da Olimpíada, exibido pela prefeitura no Parque Olímpico, estava estampada a promessa da democratização de algumas instalações olímpicas logo após os Jogos, como velódomo, Parque Aquático Maria Lenk e pista de atletismo do Engenhão. Os três locais serviram aos atletas no Pan-Americano de 2007.
Naquela oportunidade, a prefeitura do Rio prometeu abrir esses espaços para comunidades do entorno. Isso fazia parte do legado do Pan. Mas a pista de atletismo ficou fechada por três anos, o Maria Lenk ficou quase dois anos sem nenhuma competição e o velódromo, que foi derrubado, pois não atendia exigências para disputas olímpicas, também passou meses sem uso.
Nenhuma das três instalações foi aberta para comunidades. Agora, o secretário de governo da prefeitura, Pedro Paulo, garante que a promessa será cumprida. Em entrevista coletiva, afirmou que não existe falta de credibilidade por causa de uma promessa não cumprida anteriormente. "A utilização de parte dessa estrutura o funcionamento de escolas publicas já demonstra um diferencial com relação ao legado do Pan", disse.
De acordo com ele, a arena destinada a jogos de handebol na Olimpíada será desmontada e seus módulos vão servir para erguer quatro escolas públicas no Rio. Outras arenas do Parque Olímpico e do Complexo de Deodoro devem atender - é o que consta no papel - a demandas de projetos sociais, eventos e treinos e competições de alto rendimento.
A prefeitura apresentou o plano sem a presença de representantes do Ministério do Esporte, que também faz uma levantamento sobre o legado dos Jogos. Pedro Paulo contou que o prefeito Eduardo Paes informou à presidente Dilma Rousseff sobre o evento isolado desta quarta.