Scheidt: "estes serão os Jogos mais difíceis da minha vida"
Robert Scheidt vai em rumo ao seu sexto Jogos Olímpicos. Ele é um dos maiores medalhistas do Brasil, além de um dos principais nomes da história da vela no país. Scheidt declarou que as Olimpíadas no Rio de Janeiro serão as mais difíceis da carreira, mas isso não deverá ser problema para o experiente atleta acostumado a lidar com pressão e com os limites físicos.
“Está será minha Olimpíada mais difícil, pelo momento que estou vivendo e pelo equilíbrio na classe. Creio que tenho boas chances de medalhas, sim. Mas terei vários adversários difíceis, como o australiano Tom Burton, Nick Thompson, da Inglaterra, o francês Jean-Baptiste Bemaz, o croata Tonci Stipanovic e Philipp Buhl, da Alemanha”, disse em entrevista à revista 29 Horas .
Scheidt conseguiu alcançar marcas expressivas tanto na classe Laser quanto na classe Star. Após conquistar uma prata, em Pequim, e um bronze, em Londres, atuando na Star, o brasileiro está se preparando para voltar a competir na Laser classe em que conquistou os ouros olímpicos em 1996 e 2004, em Atlanta e Atenas, respectivamente.
“Vou brigar por mais uma medalha. Tenho 42 anos, mas sinto que ainda tenho muita lenha para queimar e que estou velejando de igual para igual com os meus principais adversários”, comentou, rechaçando que seus rivais tenham vantagem por conta de sua idade avançada no esporte.
Scheidt também lembrou o difícil episódio em que perdeu o ouro para seu rival quando precisava apenas terminar entre os 20 da bateria. O britânico Ben Ainslie, executou uma série de manobras que levaram o brasileiro a cometer alguns erros e cedendo o primeiro lugar para ele.
“Tive vários momentos que me marcaram. Acho que o mais emocionante foi a conquista da segunda medalha de ouro, nas Olimpíadas de Atenas, porque era uma medalha que estava engasgada, por assim dizer, desde Sydney”, finalizou Scheidt, se referindo ao capítulo com Ainslie.