“Amo o esporte e ele é, sem dúvidas, meu maior incentivo”
Sérgio Murilo sempre foi amante dos esportes. Após um acontecimento radical, passou da condição de atleta para paratleta
Atleta desde os 14 anos, Sérgio Murilo De Jesus Ferreira viu a vida mudar radialmente, quando, em 2009, contraiu esquistossomose medular, tipo mais raro da doença intestinal que pode provocar dor e queimação na região lombar com irradiação para as pernas. Sua evolução pode causar perda da força muscular e até paralisa nas pernas.
No mesmo ano, Ferreira, hoje com 27 anos, começou a andar com o auxílio de muletas, mas precisou migrar para a cadeira de rodas em 2010.
Apaixonado por esportes – Ferreira praticava atletismo antes de contrair a doença –, foi direcionado para as modalidades adaptadas e se encantou com a natação. Hoje, como paratleta, vive treinando e competindo Brasil afora.
Em depoimento ao Terra ele conta que aprendeu a aceitar a vida que lhe foi dada e, diariamente, luta para se superar. Seu sonho é poder representar o País nos Jogos Paralímpicos.
Quem sabe em Tóquio 2020?
“Antes da minha lesão eu praticava atletismo, mas, em 2009, uma inflamação na medula fez com que eu precisasse da ajuda de muletas para me locomover. Em abril de 2010, comecei a usar cadeira de rodas, pois não conseguia andar muito com as muletas e como já tinha caído algumas vezes, optei pela cadeira para evitar me machucar.
Não cheguei a perder os movimentos totais das pernas, mas perdi a maior parte. Na reabilitação me indicaram os esportes adaptados. Sabiam que eu era atleta. Logo me identifiquei com a natação e hoje treino e participo de muitas competições pelo Brasil.
Meu objetivo é representar meu País em uma Paralimpíada e eu usarei toda minha força e dedicação para que isso aconteça. Treino todos os dias e sei que na hora certa vai acontecer.
Amo o esporte e ele é, sem dúvidas, meu maior incentivo. Me supero todos os dias quando treino e me dedico. O esporte transforma a vida e forma grandes campeões.
Tento não me impor limites. Claro que todos nós temos nossas limitações, uns mais, outros menos, mas isso não me impede de ser feliz e correr atrás do meu sonho. A gente aprende a aceitar a vida como ela se apresenta. Luto para mudar o que eu consigo e tento viver da melhor maneira possível. Meu lema é fazer cada dia valer a pena.”