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Superação

‘Aprendi a me superar lutando judô. E incorporei isso’

Com exclusividade ao Terra, Aurélio Miguel, medalha de ouro do judô em 1988, diz como a superação mudou sua trajetória

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O ano era 1988 e o local era Seul, a vibrante e iluminada capital da Coréia do Sul. Pela televisão, milhões de brasileiros acompanhavam o desempenho da delegação brasileira nas Olimpíadas – discreto, é verdade. Mas, nos tatames, começava a se desenhar aquela que seria uma das maiores glórias do esporte nacional: a primeira medalha de ouro de um judoca brasileiro na categoria meio-pesado.

O autor da façanha foi o paulistano Aurélio Fernández Miguel, hoje com 52 anos.

Aurélio Fernández Miguel, hoje com 52 anos, foi o grande ganhador da primeira medalha de ouro de um judoca brasileiro na categoria meio-pesado
Aurélio Fernández Miguel, hoje com 52 anos, foi o grande ganhador da primeira medalha de ouro de um judoca brasileiro na categoria meio-pesado
Foto: Facebook / Reprodução

A história de Aurélio impressiona. Com problemas respiratórios, por orientação médica, seus pais, espanhóis de Barcelona, buscaram uma atividade física para minimizar a doença. Escolheram o judô e o matricularam em um clube. Aurélio tinha apenas quatro anos de idade.

Meses mais tarde, passou a treinar em uma academia de bairro, junto ao seu primeiro mestre, sensei Massao Shinohara.

Graças ao gosto pelos combates e unindo determinação, disciplina técnica e tática e uma incrível dedicação aos treinos, Aurélio tornou-se um judoca altamente competitivo
Graças ao gosto pelos combates e unindo determinação, disciplina técnica e tática e uma incrível dedicação aos treinos, Aurélio tornou-se um judoca altamente competitivo
Foto: Facebook / Reprodução

“Eu não gostava de competir”, revelou. Em 1972, porém, aos oito anos, ele ganhou seu primeiro título: campão pré-mirim do Torneio Budokan.

Começava ali uma das mais completas trajetórias de um judoca brasileiro.

“Aprendi a me superar lutando judô. Aprendi e incorporei. Foi um aprendizado lento e árduo. Mas que carregarei comigo sempre, por toda a minha vida e em todas as minhas atividades”, diz o campeão, hoje vereador por São Paulo, ao Terra.

“Aprendi a me superar lutando judô. Aprendi e incorporei. Foi um aprendizado lento e árduo. Mas que carregarei comigo sempre, por toda a minha vida e em todas as minhas atividades”, diz o campeão
“Aprendi a me superar lutando judô. Aprendi e incorporei. Foi um aprendizado lento e árduo. Mas que carregarei comigo sempre, por toda a minha vida e em todas as minhas atividades”, diz o campeão
Foto: Facebook / Reprodução

Graças ao gosto pelos combates e unindo determinação, disciplina técnica e tática e uma incrível dedicação aos treinos, Aurélio tornou-se um judoca altamente competitivo.

Foi prata e bronze no Campeonato Mundial de Judô e, nas Olimpíadas de Atlanta 1996, ganhou bronze, sua segunda medalha olímpica.

Aurélio ainda foi prata e bronze no Campeonato Mundial de Judô e, nas Olimpíadas de Atlanta 1996, ganhou bronze, sua segunda medalha olímpica
Aurélio ainda foi prata e bronze no Campeonato Mundial de Judô e, nas Olimpíadas de Atlanta 1996, ganhou bronze, sua segunda medalha olímpica
Foto: Facebook / Reprodução

Para o medalhista de ouro de 1988, são muitos os exemplos de que o esporte muda vidas: “O Instituto Reação é um dos exemplos. Há outros, mas nos fixemos nesse: a campeã olímpica da Rio 2016, Rafaela Silva, chegou lá através desse trabalho social, cujo principal de ação é o esporte. Mas outras centenas de judocas passam pelos tatames e salas de aula do Reação. Ali aprendem ser cidadãos e têm diante de si o exemplo de que seus sonhos podem ser alcançados, dentro ou fora do tatame. No esporte ou em outras situações. Não sem esforço e muito trabalho, mas de modo concreto.”

Em 2001, Aurélio Miguel encerrou sua carreira esportiva para buscar novos rumos e optou por dedicar-se a programas sociais e à política. Em todas as atividades, porém, leva consigo os ensinamentos e a disciplina da arte suave.

Fonte: Terra
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