Eles são brasileiros e não desistiram nunca
Selecionamos a trajetória de cinco atletas olímpicos que provaram que renunciar nunca deve ser uma opção
Cada um de nós tem sua história de superação, seja ela no âmbito pessoal ou profissional, que é digna de ser relatada como exemplo de vida. Conheça cinco atletas olímpicos que, por seus esforços extraordinários, ficaram marcados na história do esporte do Brasil como exemplos de luta e vitória.
Justo Botelho Santiago
O atleta olímpico de pentatlo passou um grande transtorno nas classificatórias para os Jogos Olímpicos de Roma, em 1960. Antes da prova de equitação, houve um sorteio dos cavalos e Santiago ficou com um animal cego de um dos olhos. Ao questionar o dono se o cavalo poderia competir, ele respondeu que sim, contanto que o atleta posicionasse o olho com visão do animal em direção do obstáculo. Feito isso, Justo Botelho Santiago conseguiu se classificar.
Guilherme Paraense
O primeiro atleta brasileiro a conquistar uma medalha olímpica de ouro para o País teve muita dificuldade para realizar a prova de tiro que lhe rendeu o título de campeão, em 1920. Durante os treinos, um vendaval encheu de areia as armas brasileiras e as deixou inutilizáveis. Para não ser desclassificado, Paraense pegou emprestado da seleção americana um revólver Colt 38, tipo cavalinho.
João do Pulo
A disputa do salto triplo nos Jogos de Moscou, em 1980, foi coberta de controvérsias em relação aos saltos do brasileiro. Mesmo tendo dois saltos anulados, sendo um deles um novo recorde mundial, João não desanimou e conquistou o bronze na modalidade. Apenas 20 anos depois, foi descoberto que os saltos anulados do brasileiro faziam parte de uma operação soviética para dar o tetracampeonato olímpico a Viktor Danilovich Saneyev.
Gilberto Gerhardt
Em 1976, aos 27 anos, o atleta participou da Olimpíada do Canadá, representando o Brasil no remo. Na época, não existia apoio ao atleta, por isso teve que arcar com os custos de equipamentos importados para realizar o sonho de representar o País no exterior. Infelizmente, ele não conseguiu conquistar seu lugar no pódio, mas não se arrepende do sacrifício que fez para alcançar seu objetivo.
Anésio Argenton
O ciclista brasileiro se apaixonou pelo esporte ainda criança, quando fazia entregas para um armazém utilizando a bicicleta como meio de transporte. Sonhando competir as Olimpíadas de Melbourne, em 1956, Argenton começou a treinar em estradas sem asfalto e, mesmo sem técnico e recursos financeiros, ocupou a nona colocação na modalidade.