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Superação

Na F1, não basta saber pilotar muito. Precisa malhar também

À primeira vista, só é necessário gostar de adrenalina, ter sangue frio e muita precisão. Mas você sabe como se prepara um piloto?

18 ago 2016 - 10h00
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Ser o mais rápido não basta. Para encarar um cockpit de Fórmula 1, é preciso estar muito bem condicionado fisicamente. E entenda-se por “estar condicionado” treinar diariamente, comer e beber de forma regrada, sem excessos, dormir 8 horas por noite e aguentar o psicológico de viver longe da família e dos amigos nove meses por ano.

A rotina a 300 km/h, como definiu Ayrton Senna, considerado por muitos o maior de todos os tempos na modalidade, é construída com muito esforço
A rotina a 300 km/h, como definiu Ayrton Senna, considerado por muitos o maior de todos os tempos na modalidade, é construída com muito esforço
Foto: Facebook / Reprodução

Essa rotina a 300 km/h, como definiu Ayrton Senna, considerado por muitos o maior de todos os tempos na modalidade, é construída com muito esforço: “É claro que a consistência não é apenas uma qualidade natural, mas o resultado de um longo e duro treinamento físico, que lhe dá condições de expressar o melhor de si e chegar ao final das corridas, mesmo as mais árduas, nas mesmas condições com que as iniciou”.

O tricampeão mundial, desaparecido 22 anos atrás, creditava suas vitórias à preparação e aos treinos. Durante sua longa e vitoriosa carreira, Senna cercou-se de grandes profissionais, como o austríaco Josef Leberer, fisioterapeuta que chegou na McLaren em 1988, assim como o brasileiro Nuno Cobra, mentor e preparador físico.

A preparação

Para manter-se em forma durante um campeonato tão extenso, um dos cuidados físicos importantes é com a musculatura do pescoço, com exercícios de alongamento e fortalecimento, uma vez que as curvas dos circuitos tendem a pressionar o tórax e a cabeça (Força G).

Músculos grandes, como peitoral e costas, além de pernas, não ficam de fora e fazem parte do dia a dia de pilotos como Lewis Hamilton
Músculos grandes, como peitoral e costas, além de pernas, não ficam de fora e fazem parte do dia a dia de pilotos como Lewis Hamilton
Foto: Facebook / Reprodução

Músculos grandes, como peitoral e costas, além de pernas, não ficam de fora, assim como as corridas semanais, essenciais para manter a oxigenação perfeita do corpo.

Outro fator de preocupação são as temperaturas que o carro atinge, passando de 50ºC dentro do cockpit. Médicos estimam que a energia do piloto necessária para aguentar este forno por duas horas pode chegar a 17 vezes o metabolismo de repouso, o que requer grandes quantidades de glicose e oxigênio.

Jenson Button coloca as pernas para trabalhar. As corridas semanais são essenciais para manter a oxigenação perfeita do corpo
Jenson Button coloca as pernas para trabalhar. As corridas semanais são essenciais para manter a oxigenação perfeita do corpo
Foto: Facebook / Reprodução

A alimentação, rica em carboidratos, e a hidratação antes, durante e depois de cada grande prêmio, contribuem para deixar o piloto – no caso, o atleta – mais resistente a uma possível confusão mental.

E quanto à pilotagem? Bem, no que se refere à interação com os carros, a segunda peça mais valiosa depois dos pilotos, a maior parte dos treinos é em equipamentos que simulam a Força G e apresentam as curvas dos circuitos mundais. Na pista, mesmo, são apenas quatro dias. 

Daniel Ricciardo também sabe da importância de se manter em forma durante um campeonato tão extenso
Daniel Ricciardo também sabe da importância de se manter em forma durante um campeonato tão extenso
Foto: Facebook / Reprodução
Fonte: Terra
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