Afinal, Rayssa Leal foi punida pelo COI por manifestação religiosa? Saiba decisão final
Medalhista de bronze mandou uma mensagem por meio de sinais de libra na final do skate feminino
Durante a final do skate street feminino, Rayssa Leal usou a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para mandar uma mensagem religiosa antes da competição quando foi focada pelas câmeras oficias da competição: "Jesus é o caminho, a verdade e a vida". Após esse momento começou a tensão por uma possível punição a brasileira de 16 anos porque o COI (Comitê Olímpico Internacional) proíbe manifestações religiosas e políticas durante a competição.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Na coletiva de imprensa após conquistar a medalha de bronze, Rayssa explicou o gesto: "Eu fiz porque faço em todas as competições. Para mim é importante, eu sou cristã, acredito muito em Deus. Ali eu pedi forças e mandei uma mensagem para todo mundo, que realmente Deus é o caminho, a verdade e a vida. Fiz em língua de sinais, porque provavelmente o microfone não ia pegar a minha voz, então foi o meio que achei de comunicar com todo mundo. Eu acho isso muito importante.”
Consultado pela reportagem do Terra, o COI (Comitê Olímpico Internacional) afirmou que estava em contato com o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para lembrar a importância do Código de Conduta Olímpica.
A Regra 40 garante que todos os envolvidos nos Jogos têm direito à liberdade de expressão. Porém, a Regra 50 da Carta Olímpica proíbe demonstração ou propaganda religiosa, política ou racial dentro dos ambientes oficiais de disputa dos Jogos Olímpicos.
Segundo a comunicação do COB, a entidade foi apenas consultada pelo COI se Rayssa ainda competiria algum outro dia em Paris. Se isso fosse acontecer, houve um pedido para lembrar-se das regras. Porém, ela já encerrou a sua participação. Com isso, o caso é considerado encerrado. A skatista de 16 anos não sofreu nenhuma punição ou advertência por causa da mensagem religiosa.
Com o bronze em Paris, Rayssa Leal se tornou a mais jovem atleta a conseguir duas medalhas olímpicas. Em Tóquio-2020, aos 13 anos, ela ficou com a prata.