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Análise: Curry FIBA, Capitão LeBron e o maior jogo que uma Olimpíada já viu

Dream Team resiste a Jokic, consegue virada épica a menos de três minutos para o fim, e mostra que a NBA nivelou o jogo no mais alto nível

9 ago 2024 - 14h53
(atualizado às 14h55)
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"The King & The chef. Cold KD..."

Durant gelado e decisivo, Curry refinado e um Rei que tudo comanda.

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É assim que a imprensa norte-americana está trantando o maior jogo de basquete da história olímpica - ao menos para esse que vos escreve.

Mas, convenhamos, é difícil refutar a ideia.

O que se viu em Paris na noite da última quinta-feira (8) foi o mais alto nível do basquete mundial.

Noah Lyles aprovaria. Aprovou, certamente.

A NBA abriu as portas, agora é patrimônio mundial, e impacta em todas as ligas de basquete do planeta. Direta ou indiretamente.

Já falamos aqui sobre a alta quantidade de jogadores da NBA, até com protagonistas, em praticamente todas as seleções participantes dos Jogos Olímpicos. Leia aqui! 

As equipes que passaram da primeira fase dos Jogos usaram e abusaram de muita "bagagem NBA", fato que não acontecia - nem de longe - à época do primeiro Time dos Sonhos.

Farei aqui, pela primeira vez, uma pergunta bastante respeitosa: quem presente nos Jogos de 1992 jogava o "fino" na NBA e não vestia a camisa norte-americana?

Bom, para ser mais exato, nove atletas "gringos" estavam na Olimpíada. Que jogavam o "fino" da bola laranja, aí já é outra história...

Mas nessa polêmica entrarei com mais detalhes após a cerimônia de premiação do basquete masculino em Paris[!].

Exceção feita ao Sudão do Sul nos amistosos preparatórios, ninguém tinha ameaçado de fato o Dream Team até aqui.

Até aqui.

No duelo diante da Sérvia vimos o mais puro suco de NBA. Com as regras da FIBA, ok. Mas que nível impressionante...

"O" jogo

Após perder as duas partidas jogadas recentemente contra os EUA, ambas por 26 pontos, a Sérvia entrou muito consciente e determinada em quadra. Imprimindo um ritmo defensivo fortíssimo, defendeu com excelência o garrafão e colocou muita fisicalidade no perímetro.

O superioridade era tão grande que ao fim do primeiro quarto o Dream Team não tinha nenhum[!] ponto marcado de dentro do garrafão.

Ou seja, ninguém entrava.

Talentosa que é, a equipe norte-americana fez a única coisa que poderia fazer: "chutou" do perimetro! Começava então a montagem do triplex de um Curry "finalmente FIBA" na mente dos sérvios. Montagem silenciosa, já que ao mesmo tempo Jokic e Bogdan Bogdanovic (Atlanta Hawks) voavam em quadra e mantinham os europeus com ao menos sete pontos de vantagem no placar quase que o tempo todo. Ao contrário das outras duas partidas, o ataque sérvio rodava a bola com paciência e era tão letal quanto o camisa 4 dos Estados Unidos nos arremessos de três.

Curry acertou quatro bola seguidas do perímetro e marcou 14 dos primeiros 15 pontos dos EUA. Na defesa, porém, os tetracampeões olímpicos não conseguiam acompanhar a intensa movimentação de bola dos sérvios, que sempre parecia encontrar Bogdan Bogdanovic ou Aleksa Avramovic livres para chutes de três.

Quando Curry diminuia a diferença, Jokic e cia. jogavam um balde repleto de gelo diretamente da linha dos três pontos.

LeBron James e Stephen Curry
LeBron James e Stephen Curry
Foto: Brian Snyder / Reuters

O primeiro quarto então terminava com 31 a 23 para Sérvia.

No segundo período, caos total. Com a bola, o aproveitamento europeu aumentou. Já o Dream Team passou a ter um relacionamento sério com o aro. A marcação por zona contra o time de Kerr melhorou o que já estava bom, e a diferença foi para incríveis 17 pontos.

Dezessete.

Para piorar, 20 segundos antes, LeBron James tomou um toco daqueles de Jokic.

Visivelmente incomodado, LeBron passou a municiar os companheiros com mais velocidade e pressionar a arbitragem, mas a diferença terminou ainda maior ao fim do primeiro tempo.

Onze pontos e 54 a 43 no placar.

No terceiro período, uma falsa reação. Com um jogo defensivo mais forte, o Dream Team forçou alguns erros seguidos de ataque da Sérvia, mas as chances de diminuir não eram aproveitadas com inúmeros erros ofensivos.

Curry, Lebron e Embiid foram então preservados[!?] fisicamente e [adivinha] a diferença voltou a subir. O término do terceiro quarto se aproximava e o que se via era uma vantagem de 13 pontos, além de um Kevin Durant zerado[!] até os últimos oito segundos do período.

KD parecia estar em outra dimensão...

Enquanto isso, a Sérvia sorria com um aproveitamento de 15 bolas de três em 30 arremessadas. Sim, dos 76 pontos dos europeus, 45 vieram do perímetro em pouco menos de 30 minutos de jogo.

Em um clima de total perplexidade e tensão, o Time dos Sonhos vivia o pesadelo de perder os três primeiros quartos. Ali o placar já mostrava um assustador 76 a 63.

O jogo de 10 minutos

Kerr voltou para o período decisivo apelando para o óbvio [acordou, né?!]: LeBron, Curry e Durant em quadra. Ao lado deles, Anthony Davis, um pivô mais leve, e Devin Booker como opção de chute de três.

Deu certo!

Com Lebron aproveitando a regra FIBA para limpar o aro nos rebotes e armar absolutamente tudo, KD cirúrgico do perímetro voltando de Nárnia para resolver o clutch time, e com um Booker preciso, os EUA reduziram o déficit a cinco pontos - menor placar desde o primeiro quarto.

O Dream Team chegava também ao mesmo aproveitamento de 15 bolas de três em 30 arremessadas. Para desespero dos sérvios, Jokic ainda cometeria a quarta falta e ficaria pendurado.

O Coringa ainda tinha que suportar LeBron e Embiid grudados nele. O camisa 11 aproveitou o bom momento e diminuiu a diferença para dois pontos. Depois de mais um erro de ataque sérvio, Lebron, sempre ele, pegou o rebote e em uma infiltração espetacular anotou mais dois.

Goat time e partida empatada em 84 a 84.

Mas Jokic tem brio, e muito. No lance seguinte, após passe mágico do dono de Denver, a Sérvia marcou mais dois e reassumiu a ponta.

Faltando dois minutos, Embiid, que até ali fazia a melhor partida dele pelos EUA, quase colocou tudo a perder. Primeiro, o queridinho[rs] da França forçou uma infiltração e perdeu a posse de bola. Pouco depois, o pivô perdeu um rebote de maneira infantil que resultou na chance de arremesso de três para os sérvios. Sozinho, Dobrić fez o que Stephen Curry jamais faria em um momento assim: errou.

A bola laranja pune e a comprovação[castigo] veio 10 segundos depois. Passe de LeBron e bola espetacular de três de Curry.

Virada e 87 a 86 no placar.

Na sequência, LeBron James pegou mais um rebote e infiltrou de novo. 89 a 86 e triplo duplo do Rei. Só o King e mais três têm essa honraria em Jogos Olímpicos.

No ataque seguinte, mais um turnover dos sérvios. Dessa vez foi Curry que infiltrou e ampliou. Ali, o caos mudava de lado.

Pesadelo encerrado, Jokic com medo de ser ejetado, e showtime do Time dos Sonhos.

O mental da Sérvia virava pó.

O ótimo Bogdanovic ainda tirou da cartola um "dois pontos e a falta", mas Curry não sentiu a pressão na linha de lance livre nos dois lances seguintes e matou o jogo.

Hegemonia mantida, 32 a 15 no último período e 95 a 91 no placar.

Curry, aliás, foi o cestinha da partida, com 36 pontos, sendo 27 em na maior especialidade que tem: a bola de três. Ele ainda ajudou com oito rebotes e duas assistências.

O Capitão LeBron ajudou com nada menos que 16 pontos, 12 rebotes e 10 assistências. Embiid anotou 19 pontos, quatro rebotes e duas assistências.

Isso é Dream Team, amigos... 

Jogo histórico.

Nunca foi tão dificil sonhar, mas o sonho está mais vivo do que nunca.

Terra Cestou em Paris.

Fonte: Terra Content Solutions
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