Script = https://s1.trrsf.com/update-1723493285/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Apoio da família, música gospel e sem redes sociais: brasileiras do vôlei falam sobre emoção da 1ª vitória na Olimpíada de Paris

Ana Cristina, Roberta Ratzke, Thaísa Daher e Gabriela Guimarães falam sobre preparação para os próximos jogos

29 jul 2024 - 11h55
(atualizado às 12h51)
Compartilhar
Exibir comentários
Seleção Brasileira feminina de vôlei ganhou do Quênia nesta segunda-feira, 29, na Olimpíada de Paris
Seleção Brasileira feminina de vôlei ganhou do Quênia nesta segunda-feira, 29, na Olimpíada de Paris
Foto: Wander Roberto/COB

Depois da primeira vitória na Olimpíada de Paris nesta segunda-feira, 29, o time feminino de vôlei do Brasil revelou detalhes dos bastidores, tanto na preparação para os próximos jogos, com foco total, quanto os rituais que fazem antes de entrar na quadra. Ao Terra, as jogadoras Ana Cristina, Roberta Ratzke, Thaísa Daher e Gabriela Guimarães falaram sobre a emoção após a vitória.

  • A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.

A seleção brasileira de vôlei feminino venceu o Quênia por 3 a 0 no complexo South Paris Arena. A torcida brasileira compareceu em peso, o que ajudou as jogadoras a se sentirem mais acolhidas. Ao Terra, elas lembraram de Tóquio-2020, quando em meio à pandemia, não houve torcida. A diferença foi marcante e essencial para o bom resultado.

“Nossa, foi incrível. Eu não sei nem como explicar. Tokyo foi uma Olimpíada muito diferente, estou vendo isso daqui. Não tinha torcida, eles não puderam estar lá [a família], mas sempre em ligação. E tê-los aqui  é incrível, estou realizando não só o meu sonho, mas o sonho deles também. É muito gratificante, e se Deus quiser, vou estar com a medalha de ouro, com todos fazendo parte disso”, disse Ana Cristina ao Terra.

Ana Cristina falou sobre como tem se preparado para os jogos
Ana Cristina falou sobre como tem se preparado para os jogos
Foto: Wander Roberto/COB

Para se preparar, Ana Cristina revela que gosta de ouvir música gospel. “Eu sou um pouco eclética. Mas eu costumo escutar muito mais gospel. Também traz uma calma, me faz conectar com aquilo que eu realmente acredito. Com o meu Deus, com a minha religião. Então, acho que é muito importante pra mim esse momento pré-jogo. Pra entrar e dar o meu melhor”, contou.

Foco nos jogos

A levantadora da seleção feminina de vôlei, Roberta Ratzke, conta que cada jogo é um jogo, e que está focada em dar o melhor a cada partida. “Eu acho que essa Olimpíada vai ser uma das mais regulares. Hoje em dia, achar um favorito só é difícil, tem 5, 6, 7 times brigando em igual, então acho que a gente não pensa muito em sermos as melhores ou não, se a gente está como favorito ou não, mas é cada jogo entrar para matar e fazer o nosso melhor”, disse.

“É um campeonato que muitas surpresas podem acontecer, então acho que é um tiro curto, são 6 jogos e é foco o tempo inteiro, independente do que esteja vindo externamente”, completou.

Thaísa diz que vitória sobre Quênia foi tranquila, e que se prepara para as próximas disputas
Thaísa diz que vitória sobre Quênia foi tranquila, e que se prepara para as próximas disputas
Foto: Wander Roberto/COB

Thaísa Daher também diz estar focada no dia a dia de preparação para os jogos. “A gente tem que focar muito como se fosse o último jogo da nossa vida, a cada jogo. No geral, a gente está pensando muito assim, estudando muito, treinando muito e se preparando, e eu acredito que quando a gente entrar em quadra, a gente vai estar bem preparadas para o próximo desafio, que é o Japão”, diz a meio-de-rede, que é bicampeã olímpica.

Esta é a quarta vez que a estrela do vôlei brasileiro participa de uma Olimpíada, e ela conta que, com a experiência, vem a tranquilidade. “Por enquanto eu estou tranquila, eu acho que a gente acostuma a fazer essas grandes partidas, ter essas dificuldades e grandes públicos e grandes ginásios. Estou bem tranquila, consigo controlar bem. São 24 anos que eu faço isso, claro que tem toda uma importância, todo um carinho, um amor, uma dedicação, mas eu tento olhar por esse lado, porque aí fica tudo mais calmo na nossa vida, na nossa mente”, disse.

Gabriela diz que foco total é na medalha de ouro
Gabriela diz que foco total é na medalha de ouro
Foto: Wander Roberto/COB

Gabriela Guimarães também reforça o quanto está orgulhosa do resultado, sem perder o foco no próximo jogo, contra o Japão. Ela conta que está "engasgada" com a seleção adversária, e que por isso a equipe dará o melhor na próxima disputa.

"A gente não pode deixar de ganhar a próxima partida. A gente sabe que precisa de um crescimento muito grande. Mas estou feliz pela força do time. Era um jogo perigoso, por ser estranho. Agora temos dois dias para se preparar. A gente está engasgadíssima com o time do Japão, então trabalhamos muito forte nesses últimos meses pós-Ligas das Nações. O time cresceu bastante, e a gente quer mostrar isso para o Brasil", garantiu.

Em sua terceira Olimpíada, e em busca do ouro após ser prata em Tóquio-2020, Gabi diz que toda a equipe está focada. "Nosso objetivo aqui é a medalha de ouro. Conquistar uma medalha é muito importante, mas não sairemos satisfeitas. Nosso objetivo é a medalha de ouro, mas a gente tem que viver o processo. É dia a dia", completou.

Blindadas das redes sociais

Sobre redes sociais, Thaísa diz que todas as companheiras de time estão centradas, e têm se blindado de comentários negativos. “As meninas estão bem focadas, não estão ficando muito nas redes sociais. A gente conversou para evitar um pouco, postar uma foto, porque é um momento que tem que curtir, mas não ficar ouvindo e prestando muita atenção no que está acontecendo. Eu vejo nosso time muito consciente com relação a isso”.

Gabriela diz que as atletas mais experientes têm orientado as mais jovens para que todas fiquem blindadas de comentários negativos nas redes sociais.

“A gente sabe do risco e dos perigos que são as redes sociais, torcida, imprensa. Então, o time está muito, muito blindado. A gente tem a sorte de ter metade da equipe mais experiente, que já passou muito por esse processo. E a gente vai conseguir auxiliar as meninas no que precisar. E o time está muito focado, muito blindado”, reforçou.

Primeira vitória

A seleção brasileira de vôlei feminino começou como se esperava a campanha nos Jogos Olímpicos de Paris. Venceu o Quênia por 3 a 0, parciais de 25/14, 25/13 e 25/12, nesta segunda-feira, 29, no complexo South Paris Arena. Foi na França, mas parecia no Brasil já que a torcida compareceu em peso e vibrou o jogo todo embalada pelos DJ e seu já clássico repertório de músicas nossas.

O Brasil integra do Grupo B da competição e, após o Quênia, terá pela frente, pela ordem, Japão, na quinta-feira, 1º, e Polônia no domingo, 4. Os dois adversários estão engasgados nas comandadas do técnico Zé Roberto Guimarães. Foram os responsáveis pelas duas únicas derrotas da equipe na Liga das Nações este ano, justamente na hora decisiva e ambos por 3 a 2. Primeiro foram as japonesas, na semifinal, e depois as polonesas, na disputa do bronze. Agora, em Paris, a Polônia fez 3 a 1 no Japão, na segunda, 29, na abertura da chave.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade