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Após polêmica, boxeadora Imane Khelif é campeã olímpica

A argelina venceu os três rounds por 10 a 9 e foi declarada vencedora por pontos

9 ago 2024 - 18h58
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Imane Khelif celebra a medalha de ouro em Paris
Imane Khelif celebra a medalha de ouro em Paris
Foto: REUTERS/Peter Cziborra

A boxeadora argelina Imane Khelife conquistou a medalha de ouro na categoria até 66kg, peso meio-médio, ao passar pela chinesa Liu Yang na decisão, nesta sexta-feira, 9, nos Jogos Olímpicos de Paris.

Além de campeã, teve uma polêmica de uma trajetória marcada sobre sua sexualidade durante a Olimpíada.  A argelina venceu os três rounds por 10 a 9 e foi declarada a campeã olímpica por pontos, de forma unânime, totalizando 30 pontos contra 27 da chinesa.

  • A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.

Muita polêmica

A vitória de Imane Khelif teve a  disseminação de informação falsa de que Imane seria uma atleta transgênero.

No ano passado, as pugilistas Imane Khelif e a taiwanesa Lin Yu-ting foram desclassificadas da Copa do Mundo, em Nova Delhi, organizada pela IBA, hoje descredenciada, após serem reprovadas nos testes de elegibilidade.

A medalha de bronze de Lin foi inclusive retirada depois que ela não passou em exames “biomédicos” encomendados pela federação.

Com isso, ambas tiveram vários  ataques de internautas e até de companheiras de profissão, como Caitlin Parker, da categoria até 75 kg, que considerou "perigoso" ter a participação de atletas que não passaram em teste de gênero.

O tema mobilizou as redes sociais e os ataques fizeram com que o Comitê Olímpico Internacional (COI) a se pronunciasse, emitindo um comunicado informando que as atletas sofreram ataques enganosos em redes sociais e classificando os testes aplicados pela IBA como pouco claros e arbitrários. Antes disso, ambas sempre estiveram nos parâmetros estabelecidos pelo COI e pela Unidade de Boxe de Paris 2024 (PBU).

"Os ataques contra essas duas atletas se baseiam inteiramente nessa decisão arbitrária, que foi tomada sem nenhum procedimento adequado – especialmente considerando que esses atletas participam de competições de alto nível há muitos anos", disse o COI na nota.

O pai de Imane Khelif também se pronunciou em defesa da filha, onde chegou a mostrar a certidão de nascimento de argelina para provar que a boxeadora é realmente mulher.

“Minha filha é uma menina. Nós a criamos como uma menina. É uma menina forte. Eu a eduquei para que trabalhasse e fosse corajosa”, falou Omar Khelif, pai da boxeadora, na casa da família em um humilde vilarejo rural localizado a dez quilômetros da cidade de Tiaret, a maior da Argélia.

Fonte: Redação Terra
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