Atingida por escândalos, Olimpíada de Tóquio pode consertar imagem com último carregador da tocha
Atingidos por escândalos até a véspera da cerimônia de abertura, os Jogos de Tóquio 2020 têm a chance de consertar a imagem quando revelarem quem carregará a tocha olímpica nos últimos passos para acender a pira no estádio.
A identidade do portador final da tocha é um dos segredos mais bem guardados dos Jogos, mas as especulações giram há meses em torno de atletas japoneses conhecidos, como o ex-jogador de beisebol Ichiro Suzuki e Shohei Ohtani, do time de beisebol norte-americano Los Angeles Angels, o mais recente jogador japonês a conquistar os Estados Unidos.
Uma personagem esportiva que pode aliviar o ressentimento do público em relação à realização da Olimpíada durante a pandemia é a tenista Naomi Osaka, quatro vezes campeã de torneios do Grand Slam.
Com pai haitiano e mãe japonesa, Osaka representa o que um Japão mais moderno e diverso pode parecer.
O aquecimento para os Jogos foi marcado por uma série de gafes dos organizadores.
Na véspera da cerimônia de abertura, o diretor do evento foi demitido depois comentários feitos por ele sobre o holocausto em um programa de humor dos anos 1990 terem ressurgido e provocado uma avalanche de críticas.
Dias antes, o compositor da cerimônia pediu demissão após comentários feitos em uma entrevista nos anos 1990 sobre fazer bullying com colegas de classe circularam nas redes sociais.
O ex-chefe da Tóquio 2020 Yoshiro Mori foi obrigado a renunciar este ano após ter feitos comentários sexistas sobre mulheres falarem demais, que provocaram revolta internacional.
O Japão também foi criticado por realizar as Olimpíadas em meio à pandemia. Dois terços das pessoas disseram que duvidam que o Japão consiga organizar Jogos seguros, com mais da metade afirmando que era contra a realização da Olimpíada, segundo uma pesquisa publicada pelo jornal Asahi.