'Atleta está sempre flertando com o limite', diz campeã mundial de handebol
Em entrevista no 'Paris é Delas', Hannah Nunes destacou a importância do preparo mental no esporte
A Seleção Brasileira feminina de handebol começou os Jogos Olímpicos de Paris com uma vitória avassaladora sobre a Espanha. Em participação no Paris é Delas, do Terra, desta quinta-feira, 25, Hannah Nunes, campeã mundial da modalidade em 2013, destacou a importância do preparo mental no esporte.
Paris É Delas é o programa oficial do Terra com os principais acontecimentos dos Jogos de Paris, oferecido por Vale. Assista aqui no Terra.
Para a atleta, o acompanhamento de um psicólogo é fundamental para as conquistas e também para a vida fora de quadra. Em seu triunfo com a seleção, ela contou que a delegação teve o apoio de uma profissional da área.
"A gente tem que ser bem forte mentalmente. Tudo começa aqui [na cabeça]. Quando fomos campeãs mundiais, em 2013, tínhamos uma psicóloga com a gente. Acaba que aceleramos muito [dentro de quadra], então em casa fica natural que a gente acelere também a nossa vida. Trabalhar com psicólogo e terapia faz a gente entender esse mundo. Cuidar da gente vai fazer com que a gente alcance nossos objetivos. De um tempo para cá, fomos entendendo isso e colocando em prática", disse a jogadora de handebol.
Além do mental, o handebol é um esporte de muito contato físico. Segundo Nunes, essa exigência também aumentou nos últimos anos, com ela sentindo isso na pele em algumas lesões.
"Não tem jeito, é porradaria mesmo. Tenho algumas cirurgias no joelho. O handebol vem mudando o jeito, tem mais mudanças de direção, muito mais contato que um tempo atrás. É dolorido, mas é a vida do atleta. Atleta vai sempre no limite, estamos sempre flertando com o limite, mas não podemos esquecer da saúde mental”, completou.
Com as mudanças citadas por Nunes, a seleção feminina de handebol volta à quadra neste domingo, 28, contra a Hungria.