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Atleta francês nega "maldição olímpica" e mira Paris 2024

2 ago 2021 - 12h50
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Ninguém poderia culpar o ginasta francês Samir Ait Said por sentir que os Jogos Olímpicos são amaldiçoados para ele.

02/08/2021
REUTERS/Lisi Niesner
02/08/2021 REUTERS/Lisi Niesner
Foto: Reuters

Forçado a desistir dos Jogos de Londres de 2012 por causa de uma fratura tripla na perna, ele rumava para a redenção na Rio 2016 quando uma acidente terrível durante um salto causou a fratura de dois ossos da parte inferior da perna, que ficou "como borracha".

A recuperação levou meses, mas Ait Said, hoje com 31 anos, chegou a Tóquio como um dos porta-estandartes da França na cerimônia de abertura, determinado a voltar para casa com uma medalha nas argolas --uma promessa feita em homenagem ao pai, que morreu em 2019.

Um incentivo ainda maior foi sua filha nascida em março --ele levou um dos cobertores dela para estimulá-lo e para dar sorte.

Mas depois veio uma lesão no bíceps, e ele ficou dias sem conseguir treinar. Até seu técnico queria que ele se ausentasse, contou ele aos repórteres depois de participar da competição.

"Eu sentia dor, por isso não treinei durante três dias", contou.

Com o braço fortemente enfaixado, ele terminou em quarto lugar, só 0,300 ponto aquém do pódio.

"Estou triste", disse ele aos repórteres. "Quarto não é um lugar muito bom".

Indagado se as Olimpíadas são amaldiçoadas para ele, ele prometeu seguir em frente --os Jogos de Verão de 2024 acontecerão em Paris.

"Não", elas não são amaldiçoadas, disse, "porque vencerei em Paris".

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