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Brasil pode surpreender na estreia do basquete, diz Giovannoni

Ex-ala-pivô destaca que Seleção Brasileira pode tirar proveito do nervosismo do 1º jogo

27 jul 2024 - 05h00
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Seleção brasileira masculina de basquete vem empolgada para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris
Seleção brasileira masculina de basquete vem empolgada para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris
Foto: Reprodução/Instagram @basquetecbb

A Seleção Brasileira masculina de basquete estreia nos Jogos Olímpicos de Paris neste sábado, 27, às 12h15 (de Brasília) diante da França. E Guilherme Giovannoni, que atuou nas Olimpíadas de Londres-2012 e Rio-2016, acredita que o Brasil pode surpreender logo no primeiro jogo.

"Apesar de ser um timaço, a França joga em casa, tem o apoio da torcida, mas pode sentir um pouco a pressão", disse o ex-atleta em entrevista ao Terra.

O ex-ala-pivô do Brasil , que atualmente é comentarista de NBA na ESPN, elegeu os principais destaques nacionais nesta competição. "Bruno Caboclo é o grande destaque junto também com o Léo Mendel e o Huertas pela liderança".

Guilherme Giovannoni defendeu o Brasil em dois Jogos Olímpicos
Guilherme Giovannoni defendeu o Brasil em dois Jogos Olímpicos
Foto: Reprodução/Instagram @giovannoni12

Para Giovannoni, o principal objetivo do time de Petrovic é avançar às quartas de final. "Este é o grande jogo para disputar a medalha". Confira a entrevista completa a seguir.

Terra: Quais as chances do basquete do Brasil na Olimpíada?

Guilherme Giovannoni: O Brasil já fez um grande feito de se classificar e tem uma boa oportunidade para passar às quartas de final. Pode brigar para um dos melhores terceiros eventualmente, se conseguir fazer uma surpresa aí para cima da França ou Alemanha. Pode até passar entre os dois melhores.

Terra: O fato de o Brasil ter conquistado uma vaga após 8 anos pesa ou serve de incentivo?

Giovannoni: Eu acho que mais serve de incentivo. O Brasil, aliás, no ano passado, no Mundial, tinha perdido para Letônia por 20 pontos. Ia ser um jogo muito difícil para conseguir uma vitória espetacular. Serve de incentivo.

Terra: Como será enfrentar os donos da casa logo na estreia?

Giovannoni: O Brasil pode tirar um ótimo proveito disso. Apesar de ser um timaço, a França joga em casa, tem o apoio da torcida, mas pode sentir um pouco a pressão desse peso de jogar em casa. Não tem feito grandes jogos. Pode ser uma oportunidade bem boa para o Brasil.

Terra: Qual é a sua análise de Alemanha e Japão outros adversários do grupo?

Giovannoni: Alemanha é a atual campeã mundial, então acho que é um adversário muito duro. Tem o Dennis Crowder, os irmãos Wagner, que jogam na NBA, jogando muito bem. É um time que tem também jogadores da Euroliga. Vai ser um jogo muito difícil. É um time muito bem treinado. E o Japão seria a equipe na teoria mais fraca do grupo. Mas também tem dois jogadores que jogam na NBA, que é o Shimura e o Watanabe. A gente tem que ter atenção. Mas o jogo do Brasil no grupo é o jogo contra o Japão.

Terra: Qual é o destaque do Brasil?

Giovannoni: Bruno Caboclo é o grande destaque junto com Léo Mendel e o Huertas, tanto pela liderança como pela experiência. São os principais. O Yago está vindo de lesões. A gente precisa ver como é que ele vai estar, se tem condições de jogo para a Olimpíada.

Bruno Caboclo é um dos principais jogadores do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024
Bruno Caboclo é um dos principais jogadores do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024
Foto: Fiba/Divulgação / Estadão

Terra: O técnico Aleksandar Petrovic te agrada?

Giovannoni: O Petrovic faz um bom trabalho. A única coisa que eu não tinha gostado é da maneira como ele saiu do Mundial de 2019, na verdade, do Pré-Olímpico, do que foi para classificar para o Japão em 2021. Ele saiu meio que atacando os jogadores e isso não me agradou muito. O trabalho que ele vem fazendo aí, o grupo gosta dele e isso é importante.

Petrovic comanda o basquete masculino do Brasil na Olimpíada de Paris
Petrovic comanda o basquete masculino do Brasil na Olimpíada de Paris
Foto: Reprodução/Instagram @basquetecbb

Terra: Quais as chances de medalha para o Brasil?

Giovannoni: Têm outros favoritos, equipes que são melhores que o Brasil no papel: Estados Unidos, Canadá, Sérvia, França, Alemanha, Grécia, Austrália. No final das contas, o negócio é classificar para as quartas. E o jogo das quartas é o grande jogo para disputar a medalha. Não vejo o Brasil entre os favoritos para conquistar a medalha, mas é um jogo de mata ali que pode favorecer.

Terra: Você que esteve em Londres-20122 e Rio-2016, como é o clima de uma Olimpíada?

Giovannoni: Clima de Olimpíada é sempre muito gostoso, motivador. Você está entre os principais atletas do mundo jogando, disputando uma competição mundial. E está todo mundo ali no mesmo ambiente, numa Vila Olímpica. Isso é uma coisa que não tem muito preço. Eu espero que os atletas brasileiros, principalmente aqueles que estão estreando em Olimpíada, aproveitem ao máximo, porque realmente é um clima diferente de tudo aquilo que eles vão experimentar na carreira.

Terra: Como faz pra manter o foco, já que vc pode encontrar com grandes ídolos?

Giovannoni: Eu acho que cada atleta tem que saber qual é o objetivo dele ali. Saber porque está ali e não deixar essas distrações te atrapalharem. É lógico que você vai ver outros grandes atletas, mas cada um sabe o quanto trabalhou duro para chegar até ali e não pode perder o foco por estar no meio de outros grandes atletas. 

Terra: Você encontrou com alguns deles? Quais? Como foi a sua reação?

Giovannoni: Encontrei com Usain Bolt e Michael Phelps. Vi o Djokovic jogar na quadra ali da Vila Olímpica. Mas, dentro da delegação brasileira, a gente tem grandes ídolos, como o pessoal do vôlei, do judô e da natação. Então, assim, você já está meio acostumado por estar no meio desses grandes atletas também. É claro que se tiver a possibilidade de tirar uma foto, alguma coisa assim, é sempre legal.

Fonte: Redação Terra
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