Brasil tem dia de medalha histórica no judô, pódio na ginástica e quebra de tabu no futebol
Time Brasil vivenciou importantes momentos e conquistas neste sábado, 3
O Time Brasil vivenciou importantes momentos e conquistas neste sábado, 3, nos Jogos Olímpicos de Paris. No total, o Brasil conquistou três medalhas ao longo do dia. No quadro de medalhas, o País está na 20ª posição, com um ouro, quatro pratas e cinco bronzes. Das dez medalhas, quatro foram conquistadas no judô (três bronzes e um ouro).
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Marcado por lutas "relâmpago" das campeãs olímpicas Beatriz Silva e Rafaela Silva, o Brasil venceu a Itália no judô e levou a primeira medalha por equipes mistas da história do País nos Jogos de Paris. O confronto foi resolvido no desempate entre Rafaela Silva e Veronica Toniolo na luta de golden score. Esta foi a primeira medalha do País na modalidade, que estreou nos Jogos de Tóquio-2020.
Rafaela Silva, Ketleyn Quadros, Bia Souza, Daniel Cargnin, Rafael Macedo, Rafael Silva, Willian Lima, Guilherme Schimidt, Larissa Pimenta e Leonardo Gonçalves foram os inscritos para as lutas de hoje.
Na primeira luta da disputa pelo bronze contra os italianos, Rafael Macedo recebeu dois shidos (punições) no começo do combate, mas conseguiu um ippon na golden score e bateu Christian Parlati. Na sequência, foi a vez de Bia Souza entrar em ação. A campeã olímpica conquistou vitória relâmpago contra Asya Tavano.
Leonardo Gonçalves foi o terceiro a pisar no tatame e sofreu a primeira derrota brasileira, sofrendo um waza-ari no golden score contra Gennaro Pirelli. Rafaela Silva recolocou a equipe em vantagem batendo Veronica Toniolo.
No quinto combate, Willian Lima perdeu para Manuel Lombardo com um ippon no golden score. Em seu combate, Ketleyn Quadros ficou a 26 minutos do fim do combate tendo um waza-ari, mas levou um ippon e perdeu para Savita Russo. Para decretar a medalha, Rafaela Silva foi a sorteada e garantiu o bronze com mais uma vitória sobre Toniolo.
Cada vez mais gigante
Rebeca Andrade não tem mais ninguém à sua frente em número de pódios olímpicos. A ginasta de 25 anos ficou com a medalha de prata na disputa do salto e chegou ao seu quinto pódio na história do Jogos, igualando o número dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael. Em Paris, é a terceira medalha de Rebeca, que foi vice-campeã olímpica do individual geral e bronze por equipe.
Antes de sua apresentação, Rebeca aparentava mais tensão que o habitual. No entanto, isso não se refletiu nos saltos. Em sua primeira tentativa, a brasileira foi premiada com nota 15.100 em seu 'Cheng'. Para o segundo salto, ela optou pelo 'Amanar' e recebeu 14.833, fechando a disputa com média de 14.966.
Medalha de ouro na disputa, Simone Biles saltou antes da brasileira e não deu chance para as rivais. Em sua primeira tentativa, a norte-americana recebeu 15.700 com o salto que leva o seu nome, o 'Biles II'. A campeã completou sua participação na decisão com o 'Cheng', recebendo 14.900. Com a média de 15.300, ela assegurou o primeiro lugar.
O pódio foi formado por Simone Biles com o ouro após a média de 15.300, Rebeca Andrade com a prata pela pontuação de 14.966 e Jade Carey, a segunda americana, no bronze, com 14.466 de média.
Quebra de tabu
O Brasil está nas semifinais do futebol feminino na Olimpíada de Paris. A Canarinho, que se classificou como uma das melhores terceiras colocadas, venceu a França por 1 a 0. O gol do Brasil foi marcado por Gabi Portilho. Foi a primeira vitória do Brasil contra as francesas na história, por isso o triunfo vem com gosto especial de revide.
Autora do único gol do jogo, a Gabi Portilho reconheceu o favoritismo da França antes da partida, mas destacou que a Seleção "soube sofrer" durante o jogo e, por isso, conseguiu o resultado positivo.
“É muito difícil você chegar onde a gente tá hoje, sabe? É um jogo que a gente soube sofrer. A gente sabia que tinha que quebrar um tabu que o Brasil nunca ganhou [da França]. Cara, eu tô muito feliz. Eu não consigo explicar o meu sentimento agora, mas a gente tá na semifinal. A gente vai em busca desse ouro”, disse em entrevista à CazéTV.
Revanche
A irlandesa Kelllie Harrington novamente estragou os planos de Bia Ferreira nos Jogos Olímpicos. Após vencer a final em Tóquio-2020, a rival voltou a derrotar a baiana, desta vez pela semifinal em Paris. Como não tem disputa de terceiro lugar no boxe na Olimpíada, a brasileira ficou com a medalha de bronze.
Com a nova derrota, Bia encerra a carreira sem conquistar a “mãe de todas”, como apelidou a busca pelo ouro olímpico, único título que não tem na carreira. Ela já afirmou que a edição na capital francesa vai representar a sua despedida dos Jogos Olímpicos. A partir de agora, ela quer se dedicar apenas ao boxe profissional.
Classificações e despedidas
Neste sábado, aconteceram também as provas eliminatórias da canoagem no caiaque cross com Ana Sátila e Pepê Gonçalves representando o Brasil. O atleta ficou em segundo em sua bateria e avançou para as oitavas de final. Apesar de ter dominado toda a prova, uma punição tirou Pepê do primeiro lugar, ocupado pelo chinês Xin Quan. Já Ana Sátila vai disputar a repescagem após chegar em último na prova. A brasileira tenta uma vaga nas eliminatórias no domingo, 4, às 11h45.
No handebol feminino, a vitória por 30 a 19 contra a Angola garantiu o Brasil o avanço para as quartas de final dos Jogos Olímpicos de Paris, garantindo o quarto lugar do grupo B. No tiro com arco, por sua vez, a brasileira Ana Luiza Caetano foi eliminada nas oitavas de final. Nenhum atleta brasileiro se classificou também para as semifinais dos 100m rasos masculino nos Jogos Olímpicos de Paris, durante as eliminatórias.