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Brasil vence a França no futebol feminino e vai à semi da Olimpíada de Paris

Sem Marta, Seleção Brasileira ganhou com gol de Gabi Portilho

3 ago 2024 - 18h10
(atualizado às 19h37)
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Gabi Portilho comemora gol que abriu o placar contra a França
Gabi Portilho comemora gol que abriu o placar contra a França
Foto: REUTERS/Stephane Mahe

O Brasil está nas semifinais da Olimpíada de Paris. A Canarinho, que se classificou como uma das melhores terceiras colocadas, venceu a França por 1 a 0 neste sábado, 3. O gol do Brasil foi marcado por Gabi Portilho.

  • A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.

"Colocamos o pé em todas as bolas. Ganhamos do jeito brasileiro: na raça e na entrega", comentou a goleira Lorena à TV Globo no fim do jogo - ela defendeu um pênalti ainda no 1º tempo. "É um momento muito importante para gente. Eu postei hoje que era matar ou morrer. E hoje a gente matou. Eu só tenho a agradecer a cada uma [das atletas]", disse Tarciane, emocionada.

Na semifinal, a Seleção Brasileira pega a Espanha - atual campeã mundial e que eliminou a Colômbia - na próxima terça-feira, 6, às 16h. Para esta partida decisiva, o Brasil deve contar com o retorno de Marta. A  camisa 10 cumpriu suspensão contra a França por ter sido expulsa na derrota para a Espanha.

Como foi o jogo

Foi a primeira vitória do Brasil contra as francesas na história, por isso o triunfo vem com gosto especial de revide. A Seleção Brasileira sofreu em duelos contra as rivais nas duas últimas Copas do Mundo da modalidade, com eliminação nas oitavas de final em 2019 e derrota na fase de grupos em 2023.

No confronto deste sábado, consistência defensiva do time do técnico Arthur Elias foi suficiente para superar as anfitriãs olímpicas.

A Seleção não pode contar com a camisa 10 Marta e a lateral Antônia, fora dos Jogos após sofrer uma fratura na fíbula da perna esquerda. Além dos desfalques, a equipe brasileira enfrentava um retrospecto desfavorável nas quartas de final: nunca venceu a França nos 12 confrontos já realizados, com cinco empates e sete derrotas.

Com o apoio de mais de 35 mil pessoas no Estádio La Beaujoire, a equipe anfitriã começou em cima do Brasil. Para ilustrar o cenário, Jennifer recebeu cartão amarelo aos 20 segundos de jogo.

Aos três minutos, a equipe brasileira escapou da marcação, e Adriana foi lançada por Thaís, que cruzou da linha de fundo para Yasmim, cujo passe foi interceptado na área. Aos sete, Gabi Portilho fez boa jogada pela direita e cruzou para Gabi Nunes, que cabeceou apertada pela marcação, à esquerda do gol da França.

Aos 11 minutos, Katoto ajeitou de cabeça e deixou Delphine Cascarino livre para entrar na área. A camisa 10 avançou até ser derrubada por Tarciane. A camisa 7 Karchaoui cobrou rasteiro e fraco no canto direito da goleira Lorena, que espalmou para fora.

A perda do pênalti afetou as francesas, que passaram a baixar suas linhas de defesa, permitindo a aproximação - embora sem perigo - das brasileiras. Pouco depois, a França se recobrou e retomou a marcação forte no campo da Seleção Brasileira.

Nas poucas chances em que tinha a bola no campo francês, as jogadoras brasileiras erravam todos os passes, ficando sem chance de ameaçar a goleira Picaud. Faltava alguém que conectasse o meio de campo e o ataque.

Aos 39, a França voltou a ameaçar: Bacha cobrou escanteio da direita, Mbock cabeceou na pequena área e acertou o travessão do Brasil. Foi o último lance de emoção de um primeiro tempo pegado.

Apesar de jogar de igual para igual com as francesas e não deixá-las confortáveis, carecia ao Brasil organização ofensiva e acerto de passes no último terço do campo. Já a França, apesar do apoio da torcida, pouco chegou ao gol de Lorena.

O segundo tempo começou com o Brasil atacando. Aos 29 segundos, Adriana recebeu na direita e cruzou fechado, obrigando a goleira Picaud a dar um tapinha. Yasmim recuperou na esquerda e cruzou para Jennifer, que cabeceou para fora. A França também não dava sorte no ataque: aos cinco, Karchaoui fez boa jogada pelo meio e tentou o passe para Katoto na área, mas mandou muito forte e a bola saiu pela linha de fundo.

O Brasil não conseguia aproveitar as bolas paradas: aos 11, Duda Sampaio cobrou escanteio da direita, e a defesa da França cortou de cabeça. Aos 14, Cascarino cruzou da direita na pequena área, Katoto subiu sem marcação, mas cabeceou por cima do travessão. A França tinha o domínio do jogo naquele momento - o Brasil mostrava muita dificuldade com a bola nos pés.

Aos 17, Kerolin tomou a bola de Wendie Renard na frente da área e rolou para Gabi Portilho, que chutou cruzado, à direita do gol francês. As anfitriãs aumentaram a pressão à medida em que o segundo tempo se esvaía, mas o resultado era sempre improdutivo.

No contra-ataque, aos 37, a defesa da França se atrapalhou, Gabi Portilho aproveitou a indecisão, entrou livre na área e chutou na saída de Picaud. O Brasil abriu o placar e ia eliminando as francesas em casa apesar das dificuldades ofensivas.

A França partiu para o desespero e perdeu ainda mais na hora de atacar e guardar posições. O que dava mais chance de contra-ataques para o Brasil. Aos 45, Gabi Portilho ganhou um presente da goleira Picaud, entrou livre na área e chutou rasteiro, na trave esquerda francesa.

A juíza anunciou 16 minutos de acréscimos e começou a inverter as laterais para a equipe francesa. Logo uma confusão tomou conta do gramado, mas terminou com cartões amarelos para Gabi Portilho (Brasil) e Diani (França), respectivamente.

O jogo ganhou ares de várzea, com chutes para cima e total falta de tática complementada com muita vontade e correria. Aos 55, após lançamento para a área do Brasil, a bola ficou no bate-rebate, Mbock tentou a conclusão, a bola bateu em duas jogadoras do Brasil e ficou com a goleira Lorena.

*Com informações de Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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