Brasileira e havaiana: entenda por que Tatiana Weston-Webb quis defender o Brasil no surfe
Surfista está em sua segunda participação em Olimpíadas
Um dos maiores nomes do circuito mundial de surfe, Tatiana Weston-Webb teve que escolher entre três nacionalidades quando o esporte entrou nas Olimpíadas. Filha de um britânico com uma brasileira, a medalhista olímpica nasceu no Brasil, mas se mudou para o Havaí muito nova.
Tatiana é filha do britânico e surfista Douglas Weston-Webb. Por causa do esporte, ele conheceu a gaúcha Tanira Guimarães, bodyboarder. Os dois tiveram a filha Tati, que nasceu no Rio Grande do Sul, mas se mudou para o Havaí com dois meses de idade. Por isso, quando começou a competir, inicialmente representava o Havaí no circuito mundial. A bandeira do estado aparecia ao lado do nome dela, como acontece com outras atletas havaianas.
Porém, Weston-Webb sempre manteve laços com o Brasil. Costumava visitar os parentes no Rio Grande do Sul e falava português perfeito. A relação aumentou quando passou a namorar o surfista brasileiro Jessé Mendes, que hoje é marido dela.
Quando o surfe passou a fazer parte dos Jogos Olímpicos, Tatiana teve que escolher por qual país ia buscar vaga: brasileira, americana ou britânica.
- Era uma decisão difícil no momento, só que daí eu comecei a pensar como meu coração sentia. Foi fácil depois disso. Eu me sentia muito mais brasileira do que havaiana, não sou havaiana. Nem sou dos Estados Unidos. Eu me sinto muito mais brasileira do que tudo. Eu escolhi representar nosso país e foi uma escolha incrível, mudou minha vida" - afirmou Tati ao site do COI.
A decisão de Tati gerou certa polêmica. Alguns alegaram que a surfista só escolheu o Brasil por ser mais fácil de conseguir a vaga, mas aos poucos ela passou a conquistar os brasileiros, principalmente pelo sucesso nas competições, inclusive no Brasil.
Tatiana Weston-Webb disputou as Olimpíadas de Tóquio 2020 representando o Brasil e até conquistou uma medalha de ouro para o Brasil, nos Jogos Pan-Americanos de 2023.