Brasileiros não avançam à final do salto triplo da Olimpíada
Almir Júnior e Mateus de Sá fracassam em tentativas de superar a marca de 16,78m em Tóquio; Alexsandro Melo deixa classificatória por lesão
Três brasileiros não conseguiram avançar à final do salto triplo, nesta noite de segunda-feira (pelo horário de Brasília), nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Almir Júnior e Mateus de Sá não conseguiram atingir marca suficiente: o primeiro deles ficou nos 16,27m e o segundo atingiu 16,33m. Eles precisavam de pelo menos 16,78m. Já Alexsandro Melo se retirou da classificatória para a decisão por medalhas por conta de uma lesão.
Alexsandro lamentou o incomodo que interrompeu sua participação na prova, mas valorizou a participação na Olimpíada. "Eu senti um incômodo no joelho. Complicado, mas isso aqui é um sonho. Comecei a treinar por conta disso. Hoje estou realizando um sonho de infância. Comecei a treinar com 13 anos e hoje com 25 consegui chegar (aos Jogos Olímpicos). Infelizmente aconteceu isso, mas faz parte. Queria agradecer a todo mundo que me ajudou a chegar aqui", disse o atleta em entrevista ao SporTV.
Já pensando nos Jogos de Paris-2024, Mateus valorizou os saltos que realizou e lembrou da promessa que fez ao seu falecido pai. "Eu gostei da prova, comecei bem com a marca de 16.49m. Acho que faltou um pouquinho de tranquilidade. Era capaz de buscar a final. Foi algo que eu sempre trabalhei, achei que não iria dar. Mas estou muito feliz com tudo que aconteceu", afirmou.
"Quando meu pai morreu, eu falei para ele que ia dar muito orgulho para ele. Ele foi atleta também, era o sonho dele isso aqui. Infelizmente ele não conseguiu chegar, mas eu tenho certeza que ele está vendo e está muito orgulhoso de mim. É um sonho para mim. Vou treinar mais, Paris está aí. Eu sou novo e sei que posso chegar melhor", completou Mateus.
Almir, por sua vez, demonstrou insatisfação. Ele afirmou que, apesar de ter dado seu máximo, não ficou contente com o desempenho que teve no salto triplo. "É difícil chegar aqui e dizer que eu estou satisfeito. Porque eu trabalhei muito. É difícil não só por mim, porque esse sonho não é só meu. Se torna um sonho dos meus pais, da minha família, dos meus irmãos, da minha cidade. Então é difícil, complicado dizer que estou satisfeito. Eu fiz meu melhor, dei meu máximo, mas estou longe de estar satisfeito", disse o saltador, para depois falar sobre os problemas em sua preparação para os Jogos Olímpicos.
"Eu tive uma temporada difícil, inconstante, mas vim aqui para mudar isso. Eu digo que praticamente não tenho vida pós isso aqui, pós treino. Minha graça é isso, meu palco é esse. Então quando eu venho e não consigo fazer o que espero, é difícil vir aqui e dar um sorriso e agradecer a torcida de vocês, que foi essencial. O Brasil merece mais. Não adianta chegar aqui e encontrar o que deu errado, eu preciso resolver para a próxima. Eu queria chegar na primeira olimpíada e sair com um resultado melhor. Mas o que deu foi isso", afirmou Almir.