Canoísta de Cascavel se solidariza com famílias de vítimas
Vaires-sur-Marne - Menos de 24 horas depois de uma das maiores tragédias de Cascavel, a "filha da terra" Ana Paula Vergutz competiu nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Logo após sua participação na semifinal do K1 500m, que aconteceu neste sábado (10), a canoísta prestou solidariedade aos conterrâneos, familiares e amigos das vítimas da queda do avião que saiu de sua cidade-natal e matou 61 pessoas.
"Queria mandar meus sentimentos para as famílias que perderam seus entes queridos. É muito triste. Nós ficamos sabendo na tarde de ontem. Eu não tinha ninguém próximo, mas sei de muita gente que era próximo de outras pessoas, até um tio de uma prima minha. É muito triste. Estamos aí para dar todo o apoio para as famílias enfrentarem esse momento tão difícil agora", falou Ana Paula Vergutz.
Ana Paula é natural de Cascavel, cidade paranaense de cerca de 350 mil habitantes e que fica a 500km da capital Curitiba. A canoísta de 35 anos, que deu seus primeiros passos na cidade-natal e por muito tempo treinou lá, participa dos Jogos Olímpicos pela segunda vez, após também ter disputado a Rio-2016.
A alegria de ter uma representante no maior evento esportivo do planeta, porém, foi totalmente deixada de lado em Cascavel nesta sexta-feira (09). Um avião ATR-72 da Voepass, que decolou da cidade com destino ao Aeroporto de Guarulhos (SP), caiu em Vinhedo (SP), vitimando as 61 pessoas que estavam a bordo - 57 passageiros e quatro tripulantes. A grande maioria delas, com algum vínculo com Cascavel.
Participação cascavelense em Paris
Ana Paula Vergutz disputou a prova do K1 500m em Paris-2024. Depois de ficar em quinto lugar na bateria das quartas de final, assegurou-se na semifinal. Ela terminou em oitavo lugar em sua série e não garantiu lugar nas finais. A atleta havia participado da Rio-2016, chegando até a semifinal do K1 200m (hoje fora do programa olímpico) e caindo nas quartas do K1 500m.
Outro canoísta que está em Paris-2024 e tem relação com Cascavel é Vagner Souta. Ele é natural de Guarantã do Norte, no Mato Grosso, mas radicou-se na cidade do oeste paranaense há alguns anos. Em Paris, ele disputou a prova do K1 1.000m e não passou das quartas de final. Foi sua segunda aparição olímpica, após Tóquio-2020.