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Cerimônia de abertura faz acenos nostálgicos a 1964 em segunda Olimpíada de Tóquio

23 jul 2021 - 14h38
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Drones e outras maravilhas da alta tecnologia causaram impacto na cerimônia de abertura da Tóquio 2020 nesta sexta-feira, mas alguns dos momentos mais emocionantes foram um olhar para o passado: 1964, quando a capital japonesa se tornou a primeira cidade da Ásia a sediar os Jogos.

Lanternas japonesas durante cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio
23/07/2021
REUTERS/Kai Pfaffenbach
Lanternas japonesas durante cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio 23/07/2021 REUTERS/Kai Pfaffenbach
Foto: Reuters

A primeira Olimpíada asiática é um grande orgulho nacional para o Japão, marcando o retorno do país ao cenário global menos de 20 anos após sua devastadora derrota na Segunda Guerra Mundial e inaugurando um período de robusto crescimento econômico e inovação tecnológica.

Ansiosos para assistir à Olimpíada, transmitida ao vivo pela primeira vez, muitos compraram seus primeiros televisores, embora um aparelho preto e branco custasse quase um mês de salário. Estimulados pelo clima olímpico, muitos compraram outros bens, como carros, refrigeradores e TVs em cores.

Em outros lugares do mundo, os Beatles fizeram sua viagem de estreia aos Estados Unidos, onde "I Want to Hold Your Hand" foi seu primeiro sucesso no topo das paradas, e Martin Luther King Jr. recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Na cerimônia desta sexta-feira, anéis gigantes de madeira e tradicionais lanternas de papel dos festivais de verão japoneses foram levados ao estádio, relembrando aquele momento de glória.

Os anéis foram feitos de madeira de árvores que cresceram a partir de sementes carregadas por atletas de nações participantes dos Jogos de 1964.

Mais tarde, houve uma encenação enérgica no estilo anime a partir dos pictogramas de cada esporte -- uma inovação da Tóquio 1964 para ajudar os estrangeiros que não entendiam o japonês, que agora se tornaram uma tradição olímpica.

O imperador Naruhito, que abriu os Jogos como seu avô Hirohito fez em 1964, falou com prazer de suas próprias memórias de assistir a maratona e outros eventos quando tinha 4 anos de idade.

Ao contrário de seu avô, no entanto, ele usou uma palavra em japonês que está mais próxima de "homenagear" do que comemorar.

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