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Chefe da Tóquio 2020 diz que não insistirá em espectadores "a qualquer preço"

2 jul 2021 - 10h00
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Os organizadores da Olimpíada de Tóquio não insistirão em permitir a presença de espectadores "a qualquer preço", disse a chefe do comitê organizador dos Jogos nesta sexta-feira em meio a preocupações com uma nova onda de infecções por Covid-19 três semanas antes do início do grande espetáculo esportivo.

Presidente do comitê organizador da Tóquio 2020, Seiko Hashimoto, durante entrevista coletiva em Tóquio
21/06/2021 Rodrigo Reyes Marin/Pool via REUTERS
Presidente do comitê organizador da Tóquio 2020, Seiko Hashimoto, durante entrevista coletiva em Tóquio 21/06/2021 Rodrigo Reyes Marin/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Pesquisas mostram que muitos japoneses se opõem à realização da Olimpíada, dados os alertas de especialistas de saúde de que o evento pode desencadear outra onda de infecções. Adiados em um ano devido à pandemia, os Jogos devem começar em 23 de julho.

"Não é que queiramos organizar a Olimpíada com espectadores a qualquer preço", disse a presidente do comitê organizador da Tóquio 2020, Seiko Hashimoto, em uma coletiva de imprensa.

Ela disse que os organizadores querem seguir adiante com os preparativos para garantir que o evento aconteça de uma "forma segura e protegida" que restauraria a confiança do público.

Tendo decidido proibir espectadores estrangeiros, os organizadores limitaram o número de espectadores domésticos a 10 mil por local de competição, ou 50% da capacidade, apesar de especialistas médicos dizerem que a ausência de espectadores seria a opção "menos arriscada".

Na quinta-feira, o primeiro-ministro Yoshihide Suga disse que não ter espectadores continua sendo uma "possibilidade", e nesta sexta-feira a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, dando sua primeira coletiva de imprensa desde que saiu do hospital, onde foi tratada de exaustão, também disse que barrar espectadores será uma opção se a pandemia piorar.

A decisão sobre espectadores será tomada em conversas de cinco partes que incluirão a governadora de Tóquio e o chefe do Comitê Olímpico Internacional (COI), disseram autoridades. A agência de notícias Kyodo disse que as conversas acontecerão no dia 8 de julho.

Colocando de escanteio os temores de que a Olimpíada possa se tornar um evento "superdisseminador", Sebastian Coe, presidente da World Athletics e membro do COI, disse ao canal CNBC na quinta-feira que os Jogos "irão adiante, e deveriam ir adiante".

Mas o torneio de futebol Euro 2020 - que foi acusado nesta semana por uma disparada de casos de Covid-19 devido à presença de torcedores em estádios, bares e zonas de espectadores em toda a Europa - provavelmente aumentará ainda mais as preocupações no Japão, que soma mais de 796.800 casos e mais de 14.770 mortes decorrentes da Covid-19 desde o início da pandemia.

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