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Ciclismo de estrada: equatoriano é ouro em prova emocionante

Richard Carapaz conseguiu uma arrancada explosiva no fim após seis horas de trabalho árduo para chegar em primeiro lugar neste sábado

24 jul 2021 - 08h17
(atualizado às 08h48)
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O equatoriano Richard Carapaz conseguiu uma arrancada explosiva no fim após seis horas de trabalho árduo para ganhar o ouro em uma emocionante prova olímpica de ciclismo de estrada masculina, deixando o favorito Tadej Pogacar, da Eslovênia, em terceiro lugar no Fuji International Speedway, neste sábado.

Carapaz comemora vitória no ciclismo estrada em Tóquio
24/07/2021
REUTERS/Matthew Childs
Carapaz comemora vitória no ciclismo estrada em Tóquio 24/07/2021 REUTERS/Matthew Childs
Foto: Reuters

Como esperado, o esloveno Pogacar lançou seu ataque pela vitória no temível Mikuni Pass, uma escalada brutal a cerca de 35 km do final de uma corrida de 234 km, disputada sob condições de calor e umidade.

Mas o campeão do Tour de France não contava com a força de um renomado especialista em montanhas que se preparou para a temporada --e um percurso descrito como um dos mais difíceis da história olímpica com quase 5.000m de escalada-- treinando no Vulcão Cotopaxi, nos Andes.

Carapaz, junto com o eventual medalhista de prata Wout van Aert, da Bélgica, perseguiu Pogacar e, a cerca de 20 km restantes, o equatoriano aproveitou a chance de assumir o controle.

Escapando com o norte-americano Brandon McNulty na curta subida em Kagosaka antes de uma longa descida de volta ao final do circuito da corrida, a dupla colocou quase um minuto de vantagem sobre os rivais mais próximos.

Parecia uma batalha direta entre Carapaz e McNulty, uma vez que eles colocaram quase dois minutos de frente para os perseguidores.

Mas a arrancada cobrou seu preço para McNulty e quando o pelotão começou a pressioná-los, reduzindo a diferença para 14 segundos em um determinado ponto, Carapaz decidiu que sua única chance de ouro seria atacar sozinho com 5 km restantes.

Apelidado de "La Locomotora" por sua escalada implacável, o equatoriano encontrou outra marcha e começou a estender sua liderança a cada volta dos pedais diante de centenas de torcedores alinhados no circuito.

Com o ouro garantido, ele pôde até mesmo aproveitar as curvas finais enquanto a batalha pela prata se desenrolava atrás dele -- cruzando a linha de chegada com um minuto e sete segundos de distância.

Pogacar, que há uma semana conquistou seu segundo título consecutivo do Tour de France, foi derrotado por Van Aert em uma chegada acirrada decidida pela distância de um aro de roda.

Carapaz, ex-vencedor do Giro d'Italia, tornou-se apenas o segundo equatoriano a ganhar um ouro olímpico depois de Jefferson Pérez na marcha de 20 km em Atlanta 1996.

"É um momento incrível para mim. Você sempre tem que acreditar. Eu trabalhei muito para estar aqui e é um grande momento", disse o ciclista de 28 anos a repórteres. "Só posso agradecer a eles (o povo equatoriano) pelo apoio e, honestamente, por nos dar um empurrão tão grande."

Carapaz é também o primeiro sul-americano a vencer uma prova olímpica de ciclismo de estrada, dominada no passado pelos europeus.

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