Comissão do COB lamenta "possíveis erros" de juízes no Japão
Grupo formado por atletas divulgou nota em solidariedade a competidores do Brasil que se viram prejudicados por árbitros nos Jogos Olímpicos
Após repercutir sobre supostos erros de arbitragem contra brasileiros em algumas competições dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil (COB) se manifestou nesta quarta-feira. Lamentando as possíveis falhas dos juízes, o grupo se solidarizou com os competidores e destacou não poder fazer nada para contestar as decisões.
"A Comissão de Atletas do COB lamenta possíveis erros ou interpretações de arbitragem que causam interferência nos resultados das competições", escreveu a comissão em nota.
Em seguida, o grupo da entidade que controla o esporte olímpico brasileiro lamentou o fato de não poder mudar as decisões dos árbitros. "Nos solidarizamos com todos os atletas que se sentem prejudicados. O regulamento da competição não nos permite interferir nas decisões dos juízes, embora nem sempre concordemos com as mesmas", completou.
"A Comissão de Atletas do COB, como todos vocês, é fã e torcedora dos brasileiros e luta pelos atletas em tudo que está ao nosso alcance. Casos de recurso com a arbitragem fogem de nossa alçada", destacou o grupo.
Durante a semana, repercutiram em redes sociais possíveis erros de arbitragem e interpretações de juízes em modalidades envolvendo atletas brasileiros. E o movimento se iniciou no skate feminino, modalidade que estreou no programa olímpico em Tóquio e na qual a dupla japonesa Nishiya e Nakayama teria sido beneficiada pelos juízes em relação às brasileiras.
Já no surfe, o suposto erro de avaliação dos árbitros teria ocorrido na disputa em que Gabriel Medina foi eliminado por Kanoa Igarashi nas semifinais da competição. As notas dadas a cada um em manobras semelhantes realizadas pelos atletas destoaram e chamaram a atenção.
Na última terça-feira, a judoca Maria Portela aplicou um golpe na adversária russa Madina Taimazova - o lance foi revisado e descartado a possibilidade de wazari, que foi apontado por vários especialistas como ocorrido no tatame na ocasião, mas que não foi considerado pela arbitragem. Mais tarde na mesma luta, a brasileira foi eliminada com uma punição por falta de combatividade.
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