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Como australiana que virou meme no breaking conquistou a vaga na Olimpíada?

A performance de Rachael Gunn em Paris chamou a atenção dos espectadores nas redes sociais

16 ago 2024 - 09h33
(atualizado às 09h43)
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Raygun em ação pela modalidade breaking
Raygun em ação pela modalidade breaking
Foto: Angelika Warmuth / Reuters

A performance de Rachael Gunn, a Raygun, nos Jogos de Paris-2024 causou alvoroço nas redes sociais. Desde memes até ataques virtuais, a australiana do breaking virou um personagem dessa Olimpíada e gerou muito questionamento.

Um deles foi como a atleta teria garantido sua vaga para a competição. No seu percurso, Raygun participou do campeonato mundial da modalidade, mas acabou na 64ª posição, sem a vaga direta para os Jogos. Na sequência, ela carimbou seu passaporte para Paris ao vencer o Oceania Breaking Championships, em outubro de 2023. Três competições definiram os 26 atletas nos Jogos: o campeonato mundial de 2023, os campeonatos continentais e a série de classificatórios olímpicos.

Raygun em apresentação nos Jogos de Paris
Raygun em apresentação nos Jogos de Paris
Foto: Angelika Warmuth / Reuters

"Seguindo os regulamentos da World DanceSport Federation (WDSF), que se alinham com os padrões do Comitê Olímpico Internacional (COI), o processo teve como objetivo garantir um resultado justo e transparente. Um painel de nove jurados internacionais, um juiz principal e um presidente que supervisionou a competição, usando o mesmo sistema de julgamento dos Jogos de Paris e treinado para manter os mais altos padrões de imparcialidade", declarou a Ausbreaking, entidade responsável pela modalidade na Austrália.

Quinze b-girls participaram da competição e, apesar de considerarem que o processo sofreu algumas falhar, todas afirmaram ao Guardian que Raygun conquistou sua vaga de forma justa. Entre as exigências da WDSF estava ter um passaporte válido, o que tirou algumas atletas da disputa. Assim, a seleção foi baseada unicamente no desempenho das batalhas daquele dia, classificando Raygun.

Raygun em performance pelo breaking na Olimpíada de Paris
Raygun em performance pelo breaking na Olimpíada de Paris
Foto: Angelika Warmuth / Reuters

Rachael ainda respondeu uma petição anônima sobre ter burlado o sistema de classificação e teve o Comitê Olímpico Australiano ao seu lado. Ela é uma professora universitária de 36 anos, doutora com tese relacionada ao breaking. Sua tese "Desterritorializando o gênero na cena breakdance de Sydney: a experiência de uma b-girl fazendo b-boy" tem como foco a interação entre gêneros no meio da dança.

Gunn praticava dança desde criança, tendo como foco dança de salão, sapateado e jazz. Samuel Free, então namorado, incentivou-a a experimentar o breaking. Ela começou a competir no início da década de 2010, e retomou após concluir seu doutorado. Hoje ela e Free, seu técnico, são casados.

Raygun foi muito criticada pelo seu estilo de breaking nas redes sociais
Raygun foi muito criticada pelo seu estilo de breaking nas redes sociais
Foto: Angelika Warmuth / Reuters

Ao todo, 32 atletas (16 b-boys e 16 b-girls) disputaram as primeiras medalhas no breaking em Paris. A modalidade, entretanto, não está no programa olímpico de Los Angeles 2028.

Fonte: Redação Terra
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