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'Coreia é pedra no sapato', diz Zé Roberto sobre semifinal do vôlei feminino nos Jogos de Tóquio

Técnico prevê jogo complicado contra asiáticas, bem diferente da estreia, quando Brasil venceu por 3 a 0

4 ago 2021 - 14h19
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O técnico José Roberto Guimarães mal teve tempo de comemorar a vitória da seleção feminina de vôlei diante do Comitê Olímpico Russo nesta quarta-feira, 4, e já está com a cabeça na Coreia do Sul, adversária do Brasil na semifinal dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O próximo jogo será na sexta-feira às 9h (horário de Brasília).

"A Coreia é uma pedra no nosso sapato. Se não jogar bem, complica", explica o treinador. A estreia do Brasil na primeira fase foi justamente contra a Coreia do Sul e a seleção venceu sem grandes dificuldades por 3 sets a 0. Agora, na briga por uma vaga na final, Zé Roberto projeta um jogo diferente.

"Nas quartas de final, a Coreia enfrentou a Turquia e 90% das pessoas apostavam na Turquia. Mas a Coreia foi lá, ganhou e passou. Na nossa estreia, eu estava preocupado porque não tínhamos muitas informações sobre o time coreano. Nós havíamos perdido para elas na Copa do Mundo por 3 a 1. Para a semifinal, temos de ter o mesmo comportamento que tivemos contra a equipe russa. Se jogar abaixo, vamos ter problema", avisa o treinador.

Diante do Comitê Olímpico Russo, o Brasil começou perdendo o primeiro set, mas depois virou a partida e acabou vencendo por 3 a 1. Foi uma vitória com a marca da superação da equipe, que não chegou a Tóquio como uma das favoritas, mas agora está na disputa direta por um lugar no pódio. Se perder da Coreia do Sul, ainda terá pela frente a partida valendo o bronze.

"Esse time tem força, não vai entregar fácil. É um time que luta e que faz do Brasil uma equipe competitiva. O pessoal sabe que se deixar o Brasil crescer, vai ter trabalho. Se a gente encontrar um pouco de força, vamos brigar. Tomara que tudo caminhe como está caminhando", disse Zé Roberto.

Gabi segue a linha do treinador e destaca ainda a força do conjunto da equipe. "Está muito nítido para o mundo inteiro que o que tem feito a diferença para o Brasil é o time e acreditar o tempo inteiro. Começamos a partida perdendo de 1 a 0, quase perdemos o segundo set e sempre acreditamos uma na outra. Sabíamos que não éramos as grandes favoritas, mas que juntas podíamos fazer coisas incríveis. E é o que estamos fazendo", disse.

A oposta Rosamaria ilustra bem essa situação. Ela começou no banco contra o Comitê Russo, mas quando entrou em quadra no segundo set foi fundamental para a virada do Brasil. E alerta que não há favoritismo na semifinal. "É um novo campeonato. A gente não pode se basear no que aconteceu no primeiro jogo. A Coreia do Sul melhorou muito e cresceu. Também temos pontos a melhorar."

Estadão
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