Script = https://s1.trrsf.com/update-1725976688/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Da baguete ao macaron, especialistas dão dicas do que comer em Paris durante os jogos olímpicos

Além de compartilhar os seus pratos favoritos, chefs, confeiteiros e restaurateurs traçam um roteiro pelas confeitarias e padarias da Cidade Luz

5 ago 2024 - 13h10
(atualizado às 19h06)
Compartilhar
Exibir comentários

Desde o início da Olimpíada de Paris, no último dia 26, os olhos do mundo estão voltados para as competições que acontecem pela Cidade Luz. Para além de seus monumentos históricos e de seus museus, Paris também é conhecida como uma das capitais gastronômicas do mundo. Em cada um de seus arrondissement (como são chamados os distritos da cidade parisiense), é possível encontrar uma infinidade de padarias, cafés e confeitarias.

Paladar perguntou para chefs, padeiros, confeiteiros e restaurateurs da capital paulista, quais são seus quitutes preferidos da Cidade Luz e os endereços onde prová-los. Mesmo que não esteja em Paris para os jogos olímpicos, vale salvar essas dicas para uma próxima viagem.

Baguete

O pão francês, definitivamente, é coisa de brasileiro. O verdadeiro ícone das padarias locais é a clássica baguete - não há nada mais parisiense do que comprar uma e sair desfilando com ela embaixo do braço. O pão de formato alongado, conta com uma casquinha fina e crocante, que abriga um miolo macio e alveolado. E a da boulangerie Utopie é uma das preferidas da padeira Claudia Rezende, da padaria artesanal Zestzing. "As melhores do mundo estão em Paris e essa, em especial, conquistou recentemente o prêmio de melhor baguete da França", descreve ela.

Onde: 20 Rue Jean-Pierre Timbaud 75011. @boulangerieutopie

Croissant

A viennoiserie, segmento da panificação que inclui os folhados crocantes e de sabor amanteigado, é uma atração à parte das boulangeries e confeitarias de Paris. Impossível visitar a cidade sem provar o clássico croissant, em formato de meia lua e com interior aerado. Enquanto o croissant da boulangerie Graine é o preferido da padeira da Zestzing, a restauratrice Vavy Marigo, do bistrô Rendez-Vous, sugere o da boulangerie Poilâne. "Tem uma textura crocante por fora e macia por dentro. É delicioso", define Vavy.

Onde: 54 rue Oberkampf, 75011. @graine.paris/ 8 Rue du Cherche-Midi, 75006. @poilane

Macaron

Coloridos, redondos e com sabores variados, os macarons tomam conta das vitrines da mais diversas pâtisseries da capital francesa. O doce, que tem origem italiana, consiste em duas metades de um biscoito feito de farinha de amêndoas e merengue (lembra um suspiro bem delicado), que pode ganhar inúmeros recheios. Um dos favoritos do chef confeiteiro e consultor Caio Corrêa e da chef gelatière Marcia Garbin, da Gelato Boutique, são os do chef pâtissier Pierre Hermé. "Um dos meus preferidos é o ispahan (rosa, lichia e framboesa)", conta Marcia. Outra confeitaria dedicada aos macarons é a clássica Ladurée, que funciona desde 1862. "Além dos macarons, não pode deixar de provar o plaisir sucré (bolo dacquoise com praliné crocante com avelãs e chocolate ao leite, coberto de chantilly de chocolate)", sugere Corrêa.

Onde: 75 Av. des Champs-Élysées, 75008. @maisonladuree/ 86 Av. des Champs-Élysées, 75008. @pierrehermeofficial

Crepe

Um dos símbolos da comida de rua é o crepe feito de massa bem fininha, que pode ganhar os mais variados recheios - a versão salgada e com massa de trigo sarraceno se chama galette. O do Au P'tit Grec é o preferido do restaurateur Leo Henry, que comanda o clássico restaurante francês La Casserole e o bar Infini. "Os crepes tem tamanho generoso e, nada melhor, do que sair comendo pela região do Quartier Latin, uma das mais vibrantes de Paris", conta ele. Também é o endereço preferido da chef da Le Cordon Bleu São Paulo, Marcella Louise. "Você pode montá-lo como quiser. O meu favorito é com queijo, presunto e cogumelos", diz ela.

Onde: 68 rué Mouffetard, 75005. @auptitgrec

Chocolate quente

Embora Paris esteja no auge do verão, vale guardar essa dica para as estações de temperatura mais amena. Existem inúmeras opções de chocolate quente em Paris, mas o preferido de Marcia Garbin é o do premiado chef chocolatier Jean-Paul He´vin. "Não deixe de pedir, também, os macarons de chocolate", sugere ela. O favorito de Corrêa é o da pâtisserie de Jacques Genin. "É feito com chocolate de altíssima qualidade. Doce na medida e super aveludado na boca", descreve o confeiteiro. Já o favorito de Vavy Marigo é o Café de Flore. Mas, para ela, a experiência como um todo vale mais que a bebida em si. "Sentar-se naquelas mesas é como voltar no tempo", comenta ela.

Onde: 41, Rue de Bretagne, 75003. @jeanpaul_hevin/ 133 Rue de Turenne, 75003. @jacquesgenin/ 172 Bd Saint-Germain, 75006. @lecafedeflore

Croque monsieur

O clássico sanduíche francês gratinado, que lembra o nosso misto quente, é recheado de presunto e queijo, e coberto por molho bechamel (e mais queijo!). E um dos preferidos do chef de pâtisserie e boulangerie da filial paulistana da Le Cordon Bleu, Salvador Lettieri, é o da confeitaria Lenôtre. "É imbatível", resume ele. Na versão do estabelecimento, que faz parte da renomada escola de pâtisserie, o lanche é recheado com presunto e queijos comté e emmental. Já o diretor da Le Cordon Bleu São Paulo, o chef francês Patrick Martin, sugere as versões servidas nos restaurantes Le Petit Cler e Au Petit Suisse, esse com base de pão de campagne orgânico e servido com salada.

Onde: 209, Avenue Achille Peretti 92200. @lenotre/ 16 rue de Vaugirard, 75006. @aupetitsuisse/ 29 Rue Cler, 75007. @lepetitcler

Mil-folhas

O doce elaborado com camadas crocantes de massa folhada, creme pâtissier e salpicado de açúcar de confeiteiro é um clássico das confeitarias parisienses. A do chef chocolatier Jacques Genin está entre as preferidas de Daniela e Mariana Gorski, da Confeitaria Dama. Nas versões baunilha e chocolate, as sobremesas são montadas na hora do pedido. "O do Jacques Genin tem uma massa levinha e crocante, daquelas que desmancham na boca, com recheios igualmente leves e doces na medida certa, com muito equilíbrio", comenta Daniela. Outra dica das sócias e cunhadas é provar a do lendário confeiteiro Pierre Hermé. "A dele tem massa crocante quase 'caramelizada'. O legal é que ele explora a sazonalidade e alguns recheios variam de acordo com a época do ano", diz Mariana.

Onde: 133 Rue de Turenne, 75003. @jacquesgenin/ 86 Av. des Champs-Élysées, 75008. @pierrehermeofficial

Sanduíche de faláfel

Embora o falável não seja um clássico da cozinha francesa, o bolinho frito de grão-de-bico é muito popular em Paris. A versão do L'As du Fallafel, restaurante dedicado a cozinha do Oriente Médio, localizado na região do Marais, é uma das preferidas de Henry. E, também, é o favorito do chef Fred Caffarena, do restaurante Make Hommus. Not War. "São quase duas horas de fila, mas vale cada minuto. O faláfel é crocante e muito gostoso. Os molhos também são incríveis e o pão super saboroso", conta Caffarena. Além do sanduíche, ele sugere a shakshuka com merguez e a berinjela assada, com recheio de molho de tahine e romã.

Onde: 34 Rue des Rosiers 75004.@lasdufallafel

Doces japoneses

Outra dica que foge do clássico francês são os endereços especializados em yogashi, vertente ocidental da confeitaria japonesa - inspirada na pâtisserie francesa. Assim como diversas pâtisseries famosas de Paris contam com filiais no Japão, alguns confeiteiros japoneses também se instalaram na Cidade Luz. Um deles é o Sadaharu Aoki, que comanda confeitaria que leva o seu nome. "É uma confeitaria francesa com sabores japoneses. Eu gosto muito dos macarons com sabores como matcha e yuzu", sugere a chef gelatière da Gelato Boutique. Outro destaque é a confeitaria de Mori Yoshida, um dos preferidas do confeiteiro Cesar Yukio, da Hanami Confeitaria. "Os meus preferidos são o mont blanc, que ele faz com massa folhada na base, a torta de grapefruit e o entremet de chocolate com chá preto", sugere ele.

Onde: 35 Rue de Vaugirard 75006. @sadaharu_aoki/ 65 Avenue de Breteuil 75007. @moriyoshidaofficiel

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade