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DJ recebe ameaças de morte após participar de encenação polêmica na abertura de Paris-2024

Barbara Butch foi uma das protagonistas da cena de banquete grego com um Dionísio azul, mas erroneamente atribuída como a Santa Ceia

30 jul 2024 - 11h58
(atualizado às 12h05)
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A DJ francesa Barbara Butch, que participou da cena com drag queens e um 'Dionísio' azul durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, apresentou queixa na polícia francesa por ameaças de morte e insultos públicos. A representação foi erroneamente atribuída como uma referência à última ceia de Jesus Cristo com apóstolos e gerou enxurrada de críticas.

  • A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.

A DJ compartilhou em seu Instagram uma carta de seu advogado na qual revela que foi "ameaçada de morte, tortura e estupro, e também foi alvo de inúmeros insultos antissemitas, homofóbicos, sexistas e gordofóbicos”.

Na sequência, ele afirmou que a Barbara prestará queixas legais independentemente de “serem cometidas por cidadãos franceses ou estrangeiros, e pretende processar qualquer pessoa que tente intimidá-la no futuro”.

A DJ reforçou que se sentiu 'honrada' por participar da cerimônia de abertura. E agradeceu ao "amor e força" que recebeu em meio à enxurrada de comentários negativos.

Jesus ou Dionísio?

O diretor artístico da cerimônia, Thomas Jolly, já repetiu diversas vezes que não se inspirou no quadro 'A Última Ceia', de Leonardo Da Vinci. O quadro é uma representação do que teria sido para os cristãos a última refeição de Jesus com seus apóstolos, antes da crucificação. 

Representação de um Dionísio 'azul' durante um banquete com os deuses do Olimpo
Representação de um Dionísio 'azul' durante um banquete com os deuses do Olimpo
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Jolly explicou ao canal francês BFM que a ideia era representar uma "grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo. Dionísio aparece nessa mesa. Ele está presente porque é o deus da festa, do vinho, e pai de Sequana, deusa relacionada ao rio Sena".

Jolly também destacou que viu o momento como uma celebração da diversidade, e a mesa sobre a qual Butch tocava suas músicas como uma homenagem à festa e à gastronomia francesa.

Cristãos de diferentes denominações, dos católicos aos evangélicos brasileiros, consideraram a encenação como uma zombaria da pintura de Da Vinci. Bispos católicos franceses e outros estavam entre aqueles que afirmaram que os cristãos foram feridos e ofendidos.

Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris disseram que “nunca houve a intenção de mostrar desrespeito a qualquer grupo religioso” e que a intenção era “celebrar a tolerância da comunidade”.

Fonte: Redação Terra
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