"É a Simone Biles do tiro com arco", diz Marcus D'Almeida sobre algoz em Paris
Brasileiro perdeu para Kim Woo-jin nas oitavas dos Jogos Olímpicos
-1jy7orqt0u4hi.png "Redação Terra"){kind=small}
Atual número 1 do mundo no tiro com arco, Marcus D'Almeida encontrou uma pedra em seu caminho na busca pelo sonho do pódio nos Jogos de Paris. Algoz do brasileiro nas oitavas deste domingo, 4, Kim Woo-jin já tem quatro ouros em Olimpíadas e é considerado "a Simone Biles" da modalidade, conforme brincou o carioca de 26 anos após a eliminação.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
"A gente tá falando da Simone Biles do tiro com arco. Ele está há muitos anos no circuito. Só aqui ele já tem dois ouros. Se for contar Tóquio e Rio, tem mais dois. Eu sabia que seria um confronto bem difícil", reconheceu o brasileiro, em entrevista à TV Globo.
Principal rival da brasileira Rebeca Andrade em Paris, Biles tem um currículo de tirar o fôlego, com dez medalhas olímpicas, sendo sete no topo do pódio. Assim como a ginasta, o sul-coreano tem uma prateleira invejavel de títulos com os ouros por equipes no Rio de Janeiro, Tóquio e, agora, em Paris, com mistas e masculinas.
Além disso, o experiente arqueiro de 32 anos ocupa a vice-liderança do ranking mundial. Apesar das credenciais do rival, o brasileiro sempre deixou claro que isso não era um problema: "Como já disse, não estou aqui pra escolher adversário".
No entanto, ele reconhece que uma qualificatória melhor poderia ter mudado a história de sua participação em Paris: “Paguei o preço de não ter feito um classificatório tão bom e peguei ele nas oitavas. Se tivesse em outra chave, talvez tivesse sido tudo diferente”, disse em conversa com jornalistas.
Agora, Marcus D'Almeida tem dois objetivos: bater Kim Woo-jin e conquistar uma medalha olímpica. Para realizar o sonho do pódio, o arqueiro sabe que precisa chegar forte em Los Angeles-2028.
"Ele não é invencível. Eu vou ganhar dele. Hoje ele fez uma grande partida, eu tive meus vacilos. Eu sabia que o oito poderia ser a sentença de morte para acabar com o combate, e realmente foi. Eu não vou apagar o que fiz nesse ciclo: duas medalhas em mundial, sou o número 1 do mundo. Vou forte para Los Angeles. Tenho um sonho, esse sonho é grande, foi Deus que me deu e eu vou", completou.
Antes da eliminação por 7 a 1 neste domingo, Marcus D'Almeida venceu o ucraniano Myjailo Usach e Fumiya Saito, do Japão, em Paris. Ele também disputou as duplas mistas ao lado de Ana Luiza Caetano, quando também acabou derrotado nas oitavas.
Se for aos Estados Unidos em 2028, o brasileiro fará sua quarta participação olímpica. No Rio de Janeiro, em 2016, ficou com a 33ª colocação no individual e foi eliminado nas quartas por equipes. Na edição seguinte, em Tóquio, alcançou sua melhor campanha com as oitavas no individual, mas ficou em 20º nas duplas mistas.
Em sua carreira, Marcus D'Almeida tem o título da Copa do Mundo de 2023 como principal conquista. Ele também levou a prata no Mundial de 2021 e o bronze em 2023.
-1hbdpb3fwc01l.jpg)
