‘É uma sacanagem’, diz Bruninho sobre horário de jogo após derrota do Brasil
Capitão da Seleção afirmou que partida às 4h (horário Brasília) é muito ruim para torcida
Capitão da seleção masculina de vôlei, Bruninho lamentou o horário da partida desta quarta-feira, 31, contra a Polônia. O jogo válido pela segunda rodada do Grupo B dos Jogos Olímpicos de Paris foi realizado às 4h (horário de Brasília), 9h local.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Após a derrota de virada por 3 sets a 2, o atleta de 38 anos apontou a “sacanagem” com o torcedor brasileiro. Com o resultado, a equipe de Bernardinho precisa vencer o Egito para tentar a classificação ao mata-mata como um dos melhores terceiros colocados.
“É Olimpíada, né? Eu não sei quem monta um horário desses. No Brasil são 4h da manhã. Acho isso uma baita de uma sacanagem. Você botar Brasil contra Polônia, duas das equipes mais importantes e de tradição, em um horário desses. Digo mais em relação ao Brasil, ao público. Não pode botar um horário desses em um jogo desse nível. Talvez as pessoas do Brasil tenham dificuldade de assistir”, desabafou o atleta.
Bruninho reforçou que a reclamação é direcionada ao lado da dificuldade de o torcedor brasileiro assistir ao jogo. Segundo o levantador, a seleção fez uma preparação específica ao longo da semana para não ser impactada pelo horário.
“Mas a gente se preparou para isso. Nesta semana, acordamos todos os dias 15 pras 6h. Fazíamos reuniões às 7h. Estávamos na quadra às 8h. Hora que a bola subiu, já tinha esquecido o horário”, explicou.
No momento, o Brasil ocupa a terceira colocação do Grupo B com um ponto, atrás de Polônia e Itália, que têm, respectivamente, cinco e seis e não podem mais ser alcançados. Para assegurar a classificação entre os melhores terceiros, basta vencer o Egito por 3 sets a 0 ou 3 a 1 na última rodada.
Diante desse cenário, Bruno espera contar com a união da equipe de Bernardinho para passar por essa “final” no encerramento da fase de grupos.
“Lógico que depender de outros resultados nunca é bom. A gente sabia que hoje era nossa primeira final, talvez o tie-break já colocasse a gente com vida, sem depender de ninguém. Orgulhoso dessa luta. A gente espera poder recuperar o Alan [desfalque por causa de uma lesão na panturrilha], é peça fundamental nessa inversão. Precisamos de todo mundo para entrar nessa final contra o Egito para colocar a gente nas quartas de final. Olimpíada a gente já viu de tudo. Hoje é descansar e amanhã focar no Egito. Não importa quem está do outro lado”, completou.
O duelo do Brasil contra o Egito acontece nesta sexta-feira, 2, às 8h (horário de Brasília). Polônia e Itália medem forças pela liderança do Grupo B.