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Esposa e treinadora de Fratus conta que enfrentou depressão

Michelle Lenhardt também era nadadora olímpica mas deixou o esporte para se dedicar ao Bodybuilding, onde desenvolveu bulimia e depressão

2 ago 2021 - 10h30
(atualizado às 10h31)
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Apesar de ter conquistado a atenção dos brasileiros por ter protagonizado uma das cenas mais românticas dos Jogos Olímpicos de Tóquio, ao receber um beijo do marido Bruno Fratus quando ele ganhou medalha de bronze na Natação, essa não é a primeira vez de Michelle Lenhardt em uma Olimpíada. Também nadadora, ela esteve na edição de Seul competindo, antes de deixar as piscinas para se dedicar ao Bodybuilding.

Bronze na piscina, ouro no amor: Bruno Fratus ganhou beijão de sua mulher e treinadora Michelle Lenhardt
Bronze na piscina, ouro no amor: Bruno Fratus ganhou beijão de sua mulher e treinadora Michelle Lenhardt
Foto: Reprodução/YouTube

Hoje treinadora do marido, Michelle e Fratus vivem nos Estados Unidos e estão colhendo os louros da medalha olímpica. Mas nem sempre foi assim. Em seu blog pessoal, Michelle conta que quando parou de nadar para investir na carreira fitness saiu de uma vida saudável e começou a desenvolver transtornos mentais e alimentares por conta da pressão estética.

Em 2016, Michelle conquistou o título mundial WBFF Diva Fitness Model
Em 2016, Michelle conquistou o título mundial WBFF Diva Fitness Model
Foto: Reprodução/Blog pessoal

"Foram duas competições pela WBFF Diva Fitness Model: uma amadora em 2015, na qual venci e conquistei o meu 'Pro Card', e outra em 2016 que foi o Mundial. A categoria que competi é uma categoria que fica entre Bikini e Figure, precisa ter um corpo talhado, mas sem exageros, e ao mesmo tempo feminino. Era um mundo completamente novo pra quem sempre esteve competindo de maiô, touca e óculos. Logo após receber a coroa de campeã mundial Fitness em 2016 meu mundo começou a desabar”, escreveu ela. 

Michelle conta que, ao descer do palco, só conseguia pensar na bandeja de brigadeiros que ela própria havia se dado de presente após meses de privação alimentar, onde comia tilápia e vagem no café da manhã.

"Eu simplesmente comecei a comer como se não houvesse amanhã. Quis estocar tudo que cabia e não cabia mais dentro do meu estômago, como se meu cérebro entendesse que aquele momento de poder comer iria acabar assim que começasse uma nova preparação: ou seja, passar fome!”, desabafa.

Ela conta que nunca mais conseguiu pisar em um palco. “Comi sem parar. Meu marido ficava atônito. Comia quilos de chocolate como sobremesa após devorar uma pizza inteira".

Após a vitória, no quarto do hotel
Após a vitória, no quarto do hotel
Foto: Reprodução/Blog pessoal

Para piorar o cenário, Fratus não conseguiu medalha na edição do Rio de Janeiro, em 2016 e perdeu os patrocinadores. Com tantos problemas, Michelle desenvolveu bulimia e depressão. "Sem conseguir parar de comer, fui me afundando na depressão. Meu corpo 'perfeito e vencedor' estava 'gordo e deformado', e era na comida que eu encontrava prazer, a tal da endorfina. Comia, me sentia bem por poucos minutos, e depois vinha a culpa. Aí passei a vomitar, porque não queria engordar ainda mais. Não era algo forçado, era alguma reação instantânea".

Felizmente, com ajuda de tratamento médico ela conseguiu se reerguer e hoje é treinadora de Fratus. "Às vezes sentimos que nosso mundo vai desabar, que não temos forças para mudar aquilo que gostaríamos, mas temos sim. Pequenas mudanças geram grandes impactos, é só não se acomodar. Precisamos encontrar nos hábitos a nossa paz", finaliza.

Fonte: Redação Terra
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