Ex-jogadora se emociona em transmissão após vitória do Brasil: 'A gente é capaz de muita coisa'
Juliana Cabral, que conquistou a prata olímpica em 2004, é comentarista nos Jogos de Paris e não conteve as lágrimas após a partida
A Seleção Brasileira de futebol feminino derrotou a Espanha, por 4 a 2, nesta terça-feira, 6, e segue rumo à final nos Jogos de Paris. Essa é a oportunidade do ouro olímpico que não acontece há 16 anos. E, ao ver a história sendo refeita, a ex-jogadora Juliana Cabral, que estava na prata olímpica de 2004, não conteve a emoção.
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“Difícil falar num momento como esse, né? É uma vitória importante. Eu já havia falado, quando o Brasil passou pra semifinal, o tamanho que já era isso tudo. A gente chega na nossa oitava edição olímpica, a gente tá indo pra nossa terceira final. São seis disputas de semifinais, quer dizer, isso é muito importante… Pensar que o futebol de mulheres entrou nas Olimpíadas em 96, praticamente ontem. É muito recente, né?”, começou Ju Cabral, durante a transmissão da partida na CazéTV, onde atua como comentarista.
Com a voz embargada, ela frisou que a conquista do time nesta Olimpíada é importante porque, hoje, é possível dizer que são jogadoras profissionais.
“Elas não precisavam ter ninguém acreditando nelas porque nunca ninguém acredita na gente. O mais importante é elas acreditarem no trabalho, elas hoje têm estrutura dentro da CBF [Confederação Brasileira de Futebol] e, mais do que isso, têm pessoas que gostam da modalidade, que desenvolvem o futebol de mulheres. E acreditar nelas, acreditar no trabalho, é isso. É esse o resultado de um trabalho que é recente, é preciso frisar”, complementou.
Para Juliana, a final das brasileiras contra as estadunidenses será uma gigante para marcar a história da modalidade. A disputa pela medalha de ouro será no sábado, 10, às 12h – horário de Brasília –, no penúltimo dia dos Jogos de Paris.
“Não quer acreditar, não acredita. A gente é capaz de muita coisa, e agora com desenvolvimento, com estrutura, cara, a gente vai poder chegar com mais qualidade, nunca esquecendo de um gap de 40 anos que a gente tem”, finalizou a medalhista olímpica.
Até o momento, a Seleção feminina conquistou duas pratas olímpicas -- uma em 2004 e outra em 2008.