‘Faltava a medalha de ouro, mas sou medalhista olímpico’, celebra Gabriel Medina
Medina garantiu sua primeira medalha em Jogos Olímpicos
“Fico feliz com a medalha, eu treinei bastante esse ano para isso. Claro que faltava a medalha de ouro, mas, pô, sou medalhista olímpico. Estou muito feliz pelo meu trabalho”, disse Gabriel Medina, após 'voar’ nas ondas de Teahupo'o, no Taiti, e garantir o bronze na Olimpíada de Paris, nesta segunda-feira, 5.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Em entrevista à imprensa, o surfista contou que, na manhã desta segunda, acordou ‘todo travado’ por conta da tensão. “Estava ansioso, mas é isso, é o esporte, eu amo fazer o que eu faço, que é surfar, e deixar quem está perto de mim orgulhoso. É o que faz sentido para mim”, complementou.
Essa foi a primeira medalha de Medina em Jogos Olímpicos. Com a conquista, além da medalha, em si, ele será premiado em R$ 140 mil pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
"Tóquio [Olimpíada passada] foi uma semifinal que ficou na minha cabeça, né? Eu falei, pô, de novo não. [Dessa vez] essa medalha tem que ir pra casa. E eu fico feliz de ter conquistado. Veio mais onda, tive mais oportunidade e, graças a Deus, conseguimos conquistar o bronze", desabafou o surfista.
“Traído” pela praia
Medina foi para a disputa pela terceira colocação após cair na semifinal, também nesta segunda-feira, ao sofrer com a falta de ondas na bateria, sendo derrotado pelo australiano Jack Robinson.
Especialista em Teahupo’o, Medina foi “traído” pela praia, que apresentou pouquíssimas ondas durante a bateria do brasileiro. Ele conseguiu surfar apenas uma vez, tirando um 6.33. Robinson aproveitou a melhor onda do dia, que apareceu como um presente de Poseidon, para fazer um 12.33 no somatório e avançar à decisão pelo ouro.
Nas oitavas, o tricampeão mundial levou a melhor na revanche com o japonês Kanoa Igarashi, responsável por eliminá-lo nas semifinais dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021.
Sobre a questão, Medina comentou que o mar já lhe deu muita alegria, mas que faz parte. “A gente tem que saber lidar com o mar. Infelizmente, a minha primeira bateria foi uma bateria de poucas ondas, mas faz parte do esporte. Eu fico feliz porque eu dei o meu melhor, e é isso que importa, independente do resultado. Começou com um começo triste, mas terminou com um final feliz, estou amarradão”, finalizou o atleta.