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'Ficamos devendo', admite Renan Dal Zotto após quarto lugar da seleção masculina de vôlei em Tóquio

Treinador reconhece exibição ruim da equipe brasileira na derrota por 3 a 2 para a Argentina

7 ago 2021 - 06h14
(atualizado às 06h28)
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Foi difícil para o técnico Renan Dal Zotto encontrar palavras que explicassem a derrota da seleção brasileira masculina de vôlei para a Argentina neste sábado, resultado que deixou a equipe fora do pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio, na quarta colocação. O time vencia por 2 sets a 1 quando deve uma queda abrupta de rendimento e levou a virada.

"Os jogadores se entregaram ao máximo na partida. A Argentina tem os seus méritos, fez um grande jogo, um volume de jogo muito bom, mas ficamos devendo. Muitos altos e baixos durante a partida. Ficamos muito frustrados porque foi um sacrifício enorme para todos estarem aqui", disse o treinador.

O resultado deste sábado dá números finais à pior campanha do Brasil em mais de duas décadas. Nos Jogos de Sydney, em 2020, a seleção terminou na sexta posição após derrota para a Argentina nas quartas de final. Depois, chegou a quatro decisões consecutivas, com dois ouros e duas pratas.

Para Renan, a queda diante dos argentinos foi especialmente doída porque em 1988, como jogador, ele já havia perdido uma disputa pelo bronze diante do mesmo adversário. "Vivi essa experiência em Seul 1988 como atleta contra a Argentina. Naquele época, enfrentamos o jogo de forma diferente. E hoje eu posso garantir que houve um empenho de todos nessas últimas 48h. Todo mundo sabia da importância dessa medalha e queria demais", comparou.

O levantador Bruninho reconheceu que não fez uma boa partida e, assim como treinador, apontou a falta de equilíbrio da seleção como um fator determinante para a derrota. "Acho que pesou a nossa inconstância, isso acabou sendo uma tônica na competição. Falo por mim também, alguns bons momentos ou não tão bons. Hoje no quarto set foi isso, começamos a cometer erros e isso acabou pesando", disse.

Bruninho também admitiu que a derrota para o Comitê Olímpico Russo nas semifinais abalou o moral do grupo para a sequência dos Jogos. "As últimas 48 horas não foram fáceis para voltar com força. Queríamos muito essa medalha", disse.

Estadão
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