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Flávia Saraiva cobra Jade para ser mãe e brinca com olho roxo: ‘Parece que apanhei da Bia’

Medalhista de bronze já contou o destino do dinheiro que vai receber pelo pódio conquistado em Paris

4 ago 2024 - 11h23
(atualizado às 11h23)
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Flavia Saraiva conquistou a final por equipe na ginástica artística
Flavia Saraiva conquistou a final por equipe na ginástica artística
Foto: Amanda Perobelli / Reuters

Flávia Saraiva é um acontecimento. Não tem tempo ruim com a ginasta de 24 anos, que é capaz de brincar com o olho roxo e até com a sua queda durante a apresentação do solo no individual geral por equipe. Porém, não se engane, a medalhista de bronze leva o esporte muito a sério e tem planos de estender a carreira até os Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028.

  • A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.

Durante entrevista coletiva na Casa Brasil, em Paris, Flávia Saraiva não fugiu de nenhum assunto. A ginástica de 1,45m fez piada com o salto característico com o pé na cabeça, contou o destino que vai dar para o dinheiro da premiação pela medalha olímpica e ainda chegou até pedir que Jade Barbosa dê um tempo no esporte para engravidar. “Quero ser madrinha do bebê”, brincou sobre o conselho para a colega.

Flavinha arrancou risos dos jornalistas quando comentou que o olho roxo parecia que ela tinha apanhado de Bia Souza, medalhista de ouro no judô. A ginasta se machucou ainda durante o aquecimento para disputa das barras assimétricas e fez um corte no supercílio. Ela só não levou pontos no local porque demorou muito para chegar à Vila Olímpica após a competição.

“Eu estou aqui maquiada, eu estou belíssima, mas se eu tirar essa maquiagem, gente, meu Deus do céu, parece que eu apanhei da Bia. Eu até falei para ela: ‘Vamos tirar uma foto no final, quando você acabar sua competição, com meu olho roxo, e ela correndo'. Todo mundo pergunta lá na Vila: 'Como está o olho?' Eu só coloco os óculos e falo: 'Ah, tá ótimo'”, contou aos risos.

E se for para falar em Vila Olímpica, Flávia é a primeira a tietar os atletas brasileiras. Ela disse que virou fanática por vôlei e que já tirou foto com quase todos as atletas da seleção de Zé Roberto. “Eu sei o nome de todos os jogadores, todas as jogadoras. Quando eu vejo elas na Vila, eu tento fingir naturalidade, mas aí eu estou do lado da Gabi e ela fala: 'Oi Flávia, tudo bem?' e meu coração fica ai meu Deus. A Thaisa, eu não bato nem na canela dessa menina, e eu estou aqui fazendo o fisio com ela, com um aparelho que a gente usa, que é para fazer gelo na coxa, que pega na minha perna toda, e para ela chega só até o joelho dela, e eu fico assim: 'Ó, meu Deus do céu’.”

Com Rebeca Andrade já declarando que vai diminuir o número de competições, Flavinha ainda tenta manter as companheiras na ativa para tê-las como companhia nos Estados Unidos daqui quatro anos. “Passa muito rápido, mas é longa [trajetória], são 4 anos, são algumas lesões que tem, não tem jeito, mas eu acho que eu ainda posso escrever mais no meu caderninho, eu espero poder fazer mais história ainda pro meu País, apesar de não ser mais tão nova, eu também não sou tão velha ainda pra ginástica e saber que não tem segredo, o segredo do esporte é treinar e competir, e para estar com uma Olimpíada a gente tem que passar por esse processo, também não dá pra eu chegar e falar: ‘Tchau ginástica, valeu por tudo’, porque as novas gerações estão crescendo e tá vindo uma geração muito nova, então a gente sabe que é difícil ter essa mudança muito rápida de geração”, analisou.

“Sabemos que a gente precisa ter a classificação pra 2028, então a gente continua. Peço pra todo mundo, eu falo: ‘Vamos, Rebeca, continua, por favor’. Fico: ‘Jade, se você quiser, pode continuar, mas tenha um filho antes, quero ser madrinha, aí depois você continua’”, brincou, aos risos.

Pelo bronze em equipe, Flávia Saraiva vai receber R$ 56 mil. Será que ela já tem planos para o dinheiro? Pode apostar que sim.  “É juntar para que a gente possa viajar, passear, né, aproveitar também os dias de glória, porque os dias de luta já foram muito.”

A ginasta, que deseja trabalhar com rede social no futuro, já é tão antenada que consegue pensar nas fotos até durante as competições. Ela brincou que esse é o motivo para os saltos com os pés na cabeça, seu movimento mais conhecido. “Ficou uma marca registrada porque eu treinei desde pequena, tenho muita flexibilidade na coluna, então as pessoas hoje em dia pegam muito mais no meu pé para que eu possa fazer da melhor forma possível, mas como eu não tenho tantas dificuldades de fazer, eu faço com mais facilidade. Falo: ‘Ah, então agora esse momento aqui é meu, vou dar um show, eu quero uma foto bem bonita’, porque a gente está competindo, mas a gente sempre está pensando que estão tirando fotos. ‘Vou fazer aqui o salto com pé na cabeça porque tem os arcos olímpicos atrás, vai ficar bonito para eu postar no Instagram.”

Flávia comemora ter virado referência para muitas meninas e diz que não para de aparecer novos talentos no Flamengo, clube que ela defende desde 2016. “Quando eu comecei a fazer ginástica, o Brasil ainda não tinha nenhuma medalha olímpica, mas a gente já tinha campeão mundial, medalhista mundial. Eu lembro quando eu assisti a minha primeira Olimpíada, eu estava dentro do ginásio e vi o Artur Zanetti ganhar o ouro, isso me marcou muito e eu falei: ‘Gente, eu quero ser assim também, eu quero ser uma atleta olímpica’.”

Fonte: Redação Terra
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