Governo francês investiga ameaças de morte contra diretor da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos
Thomas Jolly afirmou que está sofrendo também com ataques online
O governo francês está investigando ameaças de morte contra Thomas Jolly, diretor artístico da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. De acordo com o artista, ele tem recebido ataques na internet e ameaças por conta da cena que lembrou o quadro A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, durante a cerimônia.
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Na performance em questão, dançarinos, drag queens e pessoas com fantasias coloridas estavam em poses que remetiam à obra. Apesar das polêmicas envolvendo a cena, Jolly nega que o momento tenha sido uma paródia da obra de Leonardo da Vinci.
Grupos religiosos criticaram a apresentação alegando que era uma "zombaria" ao cristianismo. "A ideia era fazer uma grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo", afirmou Jolly em uma entrevista ao canal francês BFM.
A DJ francesa Barbara Butch revelou que também tem sido vítima de ataques na internet e ameaças de morte. Em nota, a advogada dela afirmou que uma queixa já foi registrada: "Ela foi ameaçada de morte, tortura e abuso sexual, além de ter sido alvo de inúmeros insultos antissemitas, homofóbicos, sexistas e gordofóbicos. Barbara Buch condena todo o ódio direcionado a ela e ao que ela representa".
O artista que representou o deus grego Dionísio na cena, Philippe Katerine, afirmou em entrevista à CNN que houve um "mal-entendido". O 'homem azul', como ficou conhecido, explicou que o Comitê Olímpico Internacional (COI) não forneceu o recurso para legendas e que isso contribuiu para a confusão.
"Teria havido guerras se tivéssemos ficado nus? A resposta talvez seja 'não' porque você não consegue esconder uma arma ou uma adaga quando está nu", disse.