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Hidilyn Diaz garante 1º ouro das Filipinas em Olimpíada

Atleta está em sua quarta edição dos jogos e já tinha conseguido acabar com o jejum do país de 92 anos sem medalhas

26 jul 2021 - 20h33
(atualizado em 27/7/2021 às 03h58)
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É possível dizer que Hidilyn Diaz, atleta da categoria de 55kg de levantamento de peso, vai ser um nome para sempre lembrado pelas Filipinas. A atleta que até 2008 não sabia da existência dos Jogos Olímpicos, conseguiu dois feitos inéditos para o seu país em quatro participações. O primeiro foi na Rio 2016 quando ficou em segundo lugar e garantiu a medalha de prata. Já o outro, aconteceu nesta segunda-feira ao conquistar o ouro.

Hidilyn Diaz, comemora muito o primeiro ouro das Filipinas em Olimpíada Edgard Garrido Reuters
Hidilyn Diaz, comemora muito o primeiro ouro das Filipinas em Olimpíada Edgard Garrido Reuters
Foto: Edgard Garrido / Reuters

Em 100 anos de participações nas Olimpíadas, as Filipinas nunca tinham conquistado uma medalha de ouro. O mais próximo que chegaram foi na segunda colocação. Até hoje, só tinham 10 medalhas olímpicas: 3 pratas e 7 bronzes. Mas, Hidilyn mudou isso. Representando o país desde 2008, quando estreou nos jogos de Pequim, ela tentava mudar essa realidade. E, 12 anos depois, conseguiu.

Após uma disputa acirrada com a chinesa Liao Qiuyun, a atleta das Filipinas se saiu melhor e conseguiu levantar 1kg a mais que a adversária, fazendo com que garantisse o primeiro lugar. Hiddilyn terminou a competição com 224 pontos (97 kg do arranco e 127 kg do arremesso) e Liao com 223 (97 kg e 126 kg). Ao finalizar a prova, ela levou as mãos ao rosto e começou a chorar, assim como seu técnico que também se emocionou com a conquista.

Ela levantou mais do que o dobro de seu peso e conseguiu um recorde olímpico ao levantar na segunda etapa da disputa 127Kg. O curioso é que nem ela tinha treinado com uma quantia tão alta. Foi por essa razão que, além da emoção de ganhar a primeira medalha de ouro para o país, também ficou impressionada com a meta atingida. Em declaração, ela chegou a dizer que "estava à espera de ganhar, mas, quando conseguimos, é como, 'wow, nunca pensei que isto fosse acontecer hoje'".

Com 30 anos e quatro participações, a atleta não vê a família desde 2019, quando se isolou em Kuala Lumpur, capital da Malásia, e depois em Malaca para ter melhores condições de treino durante a pandemia. Ela se preparou como pode para chegar aos Jogos Olímpicos e aproveitou esse momento para organizar sessões de treinos online para arrecadar dinheiro e ajudar famílias carentes nas Filipinas.

A halterofilista, que começou na modalidade com 11 anos e aos 17 participou da sua primeira Olimpíada, provavelmente deve deixar os jogos após quarta participações. Só chegou à Tóquio porque membros do Comité Olímpico filipino a convenceram a prolongar a carreira até 2020. Agora, com o ouro no peito, ela quer desfrutar da vida e voltar para a Malásia para comemorar sua conquista.

Estadão
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