Hugo Calderano cita resultado decepcionante após perder bronze em Paris: ‘Minha vida não acaba aqui’
Brasileiro acabou fora do pódio do tênis de mesa ao ser derrotado por prodígio francês de 17 anos
Antes do início dos Jogos Olímpicos de Paris, Hugo Calderano sabia que seria difícil disputar a final do tênis de mesa, afinal deveria enfrentar o chinês Wang Chuquin, superfavorito, na semifinal. Porém, o número 1 do mundo acabou eliminado precocemente e abriu caminho para o sonho do brasileiro. A derrota para o sueco Truls Moregard na semifinal abalou o carioca, que não conseguiu colocar a cabeça no lugar e perdeu a disputa do bronze para o francês Felix Lebrun.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Na conversa com os jornalistas, Calderano não conseguiu esconder a frustração. Com os olhos marejados, ele reconheceu que ainda não tinha consigo assimilar o fim do sonho da final olímpica. “Foi bem difícil me recuperar da derrota na semifinal, não tive muito tempo, eu tentei o meu melhor. Fiz tudo o possível, tudo o que eu pude, mas, infelizmente, não consegui propor o meu melhor nessa partida de hoje”, analisou.
“A minha carreira e a vida não acaba aqui. Acho que ainda tenho muito mais para dar ao esporte brasileiro, ao tênis mesa brasileiro. Claro que eu vou precisar assimilar esse resultado, que foi um resultado positivo, mas muito decepcionante no final, principalmente dessa forma. Acho que só preciso de tempo para voltar com calma, voltar a treinar, me dedicar, porque eu sempre dou o meu 100%, sempre me dedico ao máximo, deixo tudo na mesa, nos treinos, todos os dias, 7 dias por semana, e quando eu estou treinando, estou pensando em como fazer para melhorar, para evoluir. Até aqui eu sempre continuei evoluindo constantemente e tenho certeza que não é aqui que eu vou parar de fazer isso”, completou.
Agora, o melhor mesatenista da história do Brasil pretende ficar com a família: “Vou tentar tirar um tempo, algumas semanas ou um mês fora com a minha família para tentar descansar um pouco, com certeza vai me fazer muito bem isso. O calendário no tênis de mesa é muito cheio, então a gente quase nunca tem tempo para descansar.”
Para Calderano, o apoio da torcida da casa não afetou na derrota para o prodígio francês e 17 anos. “Talvez tenha ajudado ele a jogar ainda melhor, mas eu acho que isso não me afeta bastante, talvez até poderia ajudar a dar mais energia na partida em geral, mas acho que não foi muito importante nesse jogo”, analisou.