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Italiana desiste de luta contra boxeadora reprovada em teste de gênero

Angela Carini lutava contra Imane Khelif, argelina autorizada a competir na Olimpíada, mas não aguentou a dor no nariz em 46s de luta

1 ago 2024 - 11h35
(atualizado às 13h42)
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Italiana Angela Carini desiste da luta com apenas 46 segundos
Italiana Angela Carini desiste da luta com apenas 46 segundos
Foto: Isabel Infantes / Reuters

A italiana Angela Carini, que compete na categoria até 66kg, abandonou a luta contra a argelina Imane Khelif, em 46s de combate. A atleta europeia não aguentou a dor intensa no nariz, depois de ser golpeada pela adversária. 

  • A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.

Imane Khelif é uma das lutadoras que já foi reprovada em testes de gênero, mas foi autorizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a participar dos Jogos de Paris. A atleta italiana garantiu que a desistência não teve relação com a situação da adversária.

Com apenas 30 segundos de embate, ela foi ao corner arrumar o capacete e, pouco depois, declarou desistir da luta.

"Entrei no ringue e tentei lutar. Eu queria vencer. Recebi dois golpes no nariz e não conseguia respirar mais, estava doendo muito. Eu não perdi hoje, apenas fiz meu trabalho como lutadora. Entrei no ringue, lutei e não consegui. Saio de cabeça erguida e com o coração partido. Sempre fui muito instintiva. Quando sinto que algo não está certo, não é desistir, é ter a maturidade de parar", disse Carini.

Outra atleta que também falhou nos testes de gênero, mas foi autorizada a competir em Paris, é a taiwanesa Lin Yu-ting, que estreia nesta sexta-feira, 2, na categoria até  57 kg.

Reprovadas

Ambas as atletas foram reprovadas no mundial de boxe de 2023, em Nova Delhi, Índia, quando a Associação Internacional de Boxe (IBA) alegou que, após testes de DNA, ficou comprovado que elas "tinham cromossomos XY". O resultado as excluiu dos eventos esportivos.

O COI, no entanto, baniu a IBA do circuito olímpico por falhas recorrentes a respeito da integridade e transparência na governança da associação, que foi acusada de manipulação de resultados e corrupção. Assim, a organização do boxe na olimpíada ficou nas mãos do comitê olímpico.

A pugilista argelina Imane Khelif
A pugilista argelina Imane Khelif
Foto: Isabel Infantes / Reuters

Conforme o jornal britânico The Guardian, o sistema oficial do COI informa que Imane foi "desclassificada poucas horas antes de seu confronto pela medalha de ouro contra Yang Liu no Campeonato Mundial de 2023 em Nova Delhi, na Índia, depois que seus níveis elevados de testosterona não atenderam aos critérios de elegibilidade". Já Yu-ting "perdeu sua medalha de bronze após não cumprir os requisitos de elegibilidade com base nos resultados de um teste bioquímico".

Agora, elas estão autorizadas pelo COI a participar da Olimpíada de Paris, organizada pela própria entidade, com regras de elegibilidade menos rígidas do que as da IBA.

Fonte: Redação Terra
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