Carol Santiago e Fernando Rufino serão porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de encerramento das Paralimpíadas
Carol é a maior campeã paralímpica do Brasil e Fernando é bicampeão na canoagem
Os porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de encerramento das Paralimpíadas serão Carol Santiago e Fernando Rufino. O evento será no Stade de France neste domingo (8) às 15h30 (horário de Brasília), com a presença da maior campeão paralímpica brasileira e o bicampeão da canoagem.
O Brasil encerrou sua participação das Paralimpíadas de Paris 2024 com recordes de 25 ouros e 89 medalhas no total, e a nadadora Carol Santiago foi responsável por cinco destas medalhas. Entre elas, três ouros, que a tornaram a mulher com mais medalhas douradas paralímpicas na história do Brasil. Disputando pela classe S12 (), Carol venceu os 100m livres, 100m costas e o 50m livres. Além disso, ficou na segunda colocação nos 100m peito e no revezamento misto 4x100m livres.
Com as cinco conquistas de Paris, Carol Santiago chegou a 10 medalhas em Paralimpíadas na carreira. Ela começou na natação convencional e migrou para a modalidade paralímpica em 2018. Logo em sua estreia em Tóquio 2020, já garantiu suas primeiras cinco medalhas. A pernambucana nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz o campo de visão.
Fernando Rufino conquistou uma das últimas medalhas de ouro do Brasil em Paris, ajudando o país a atingir a quinta colocação do quadro geral de medalhas. Ele venceu os 200m VL2 (para atletas que usam tronco e braços na remada), em dobradinha com o amigo Igor Tofalini, que foi prata. Como já havia sido campeão da prova nas Paralimpíadas Tóquio 2020, o brasileiro se tornou bicampeão da prova.
O grande sonho de Fernando era conquistar o mundo como peão de rodeio. Porém, ele teve o sonho interrompido após se ser atropelado por um ônibus e perder parcialmente o movimento das pernas. Depois disso, o sul-mato-grossense começou na canoagem.
Carol Santiago e Fernando Rufino foram dois dos 280 competidores que integraram a delegação brasileira em Paris, sendo esta o maior número em uma edição dos Jogos no exterior. Destes, 255 eram atletas com deficiência, 19 atletas-guia (18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo.