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Jogos Paralímpicos

Com 4 medalhas na natação, Brasil começa bem a Paralimpíada

Gabriel Bandeira conquista 1º ouro do País em Tóquio; Gabriel Araújo leva uma prata, enquanto Daniel Dias e Phelipe Rodrigues faturam bronze

25 ago 2021 - 10h32
(atualizado às 10h44)
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O primeiro dia de disputas dos Jogos Paralímpicos de Tóquio foi de alegria para o Brasil, com destaque principal para a natação, que conquistou as quatro primeiras medalhas do País nesta edição da competição, com Gabriel Bandeira, Gabriel Araújo, Daniel Dias e Phelipe Rodrigues se garantindo no pódio.

Gabriel Bandeira comemora após conquistar o primeiro ouro do Brasil na Paralimpíada de Tóquio
Gabriel Bandeira comemora após conquistar o primeiro ouro do Brasil na Paralimpíada de Tóquio
Foto: Molly Darlington/Reuters

Quem mais brilhou entre estes brasileiros foi Gabriel Bandeira, que conquistou o primeiro ouro da nação nesta Paralimpíada ao vencer a final dos 100m borboleta, classe S14, dedicada à pessoas com deficiência mental. Para completar, ele ainda quebrou o recorde paralímpico ao cravar o tempo de 54s76.

O nadador Gabriel Araújo, por sua vez, conquistou a primeira medalha do Brasil nestes Jogos Paralímpicos ao faturar a prata na final dos 100m costas da classe S2, para atletas com funções limitadas nas mãos, tronco ou pernas. 

Para completar, Daniel Dias, lenda do esporte paralímpico brasileiro e mundial, e Phelipe Rodrigues ganharam um bronze cada um nesta quarta-feira na capital japonesa. Daniel voltou a fazer história ao alcançar a sua 25ª medalha paralímpica ao terminar na terceira colocação a decisão da prova dos 200m livre da classe S5, para atletas amputados ou com má formação congênita nos braços.

Phelipe Rodrigues, por sua vez,  garantiu o bronze na final dos 50m livre na classe S10, para atletas com deficiências físicas menores, como a perda de uma mão, conquistando, assim, a sua oitava medalha paralímpica de sua carreira. Ele também conquistou duas pratas em Pequim-2008, uma prata em Londres-2012, e duas pratas e dois bronzes na Rio-2016. Em Tóquio, ainda compete nos 100m livre.

Nesta quarta-feira, Phelipe fez o tempo de 23s50 para ganhar o bronze. O australiano Rowan Crothers venceu a prova e levou o ouro, com Maskym Krypak, da Ucrânia, vindo logo atrás com a prata. Assim como Bandeira e Araújo, Phelipe melhorou o tempo em relação à semifinal, diminuindo sua marca em 24 centésimos. O brasileiro também havia avançado com o terceiro melhor tempo das eliminatórias, repetindo o desempenho na final.

E vale destacar também que, dos 14 nadadores brasileiros que disputaram eliminatórias neste primeiro dia de disputas no Centro Aquático de Tóquio, sete avançaram às finais. Já José Ronaldo da Silva não disputou as classificatórias, pois na prova dos 100m (classe S1 - atletas com as maiores limitações físico-motoras) só há sete competidores. Todos se classificaram diretamente para a decisão por medalhas. 

Show no goalball

E não foi apenas na natação que o Brasil comemorou vitórias neste primeiro dia de disputas dos Jogos Paralímpicos. No goalball, o time nacional masculino da modalidade brilhou ao golear a Lituânia, atual campeã paralímpica, por 11 a 2. O capitão Romário, com quatro gols, foi o principal nome do jogo, que também contou com uma atuações de destaque de Leomon e José Márcio, ambos com três bolas na rede cada um.

Já em sua estreia na disputa feminina do goalball em Tóquio, o Brasil acabou sendo derrotado por 6 a 4 pelos Estados Unidos, no último confronto do dia neste esporte em Tóquio.

Tênis de mesa

Os mesa-tenistas brasileiros também iniciaram a disputa dos Jogos Paralímpicos nesta quarta-feira, que contou com duas vitórias de representantes do País. Cátia Cristina, da classe 2 (cadeirante), venceu a finlandesa Aino Tapola por 3 sets a 1, enquanto David Andrade (classe 3, também para cadeirantes) derrotou o sueco Alexander Oehgren por W.O.. Em outros duelos do dia, os brasileiros Luiz Felipe Manara, Danielle Rauen, Marliane Amaral Santos, Jennyfer Marques Parinos e Lethicia Lacerda foram derrotados.

Caso de doping

Já o brasileiro Welder Knaf disputaria o primeiro duelo de tênis de mesa na Paralimpíada. Porém, o atleta foi pego de surpresa com um teste de exame antidoping positivo para uma substância proibida e teve de deixar o torneio.

Ciclismo de pista

A estreia brasileira no ciclismo de pista dos Jogos Paralímpicas foi com a atleta Ana Raquel Montenegro Batista Lins, da classe C5, para competidores com deficiência físico-motora e amputados. A atleta, que nasceu com síndrome de Poland, patologia rara que afetou região torácica, braço, mão e região abdominal esquerda, terminou a prova dos 3000 metros na nona colocação, com o tempo de 4min43s704. 

Esgrima em cadeira de rodas

Os esgrimistas brasileiros Vanderson Chaves e Mônica Santos estrearam da Paralimpíada de Tóquio no sabre, categoria B  (para atletas com menor mobilidade no tronco e equilíbrio).  E ambos finalizaram suas participações na fase de pules, sem vitórias. 

Primeiro a competir pelo País, Vanderson foi foi superado pelo húngaro Istvan Tarjanyi por 5 a 1 e também por Alexander Kurzin, representante do Comitê Paralímpico Russo (5 a 0), pelo francês Maxime Valet (5 a 1), pelo polonês Grzegorz Pluta (5 a 2) e pelo canadense Pierre Mainville (5 a 0).

Logo depois, foi a vez de Mônica, que teve desempenho parecido ao do companheiro de Seleção. Foi vencida pela húngara Blogarka Mezo, pela japonesa Chisato Abe e pela ucraniana Olena Fedota, pelo mesmo placar: 5 a 1. Fez um jogo mais parelho com a representante do Comitê Paralímpico Russo, Irina Mishurova (5 a 3), mas não marcou pontos diante da chinesa Tan Shumei.

Fonte: Redação Terra
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