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Kamila Valieva cai na final e fica sem medalha na patinação nos Jogos de Inverno

Russa de 15 anos tem também problemas com doping, que causaram a suspensão da entrega de medalhas na disputa por equipes em Pequim

17 fev 2022 - 13h48
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A russa Kamila Valieva, de apenas 15 anos, autorizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a disputar a prova individual da patinação artística dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim-2022 depois de um problema com doping que suspendeu a entrega do ouro no concurso por equipes, não conseguiu segurar o primeiro lugar conseguido após o programa curto e, nesta quinta-feira, terminou o programa livre com uma pontuação total de 224,09, fora do pódio, em quarto lugar.

Aos 17 anos, a também russa Anna Shcherbakova juntou o título olímpico ao mundial, somando 255,95 pontos, à frente da compariota Alexandra Trusova (251,73) e da japonesa Kaori Sakamoto (233,13), medalhas de prata e bronze, respectivamente.

Valieva, que no programa desta quinta-feira protagonizou vários deslizes inesperados - caiu duas vezes -, tem estado no centro de uma polêmica devido a um resultado positivo por doping que levou à sua suspensão, entretanto anulada, dos Jogos de Pequim-2022.

A jovem russa, atual campeã europeia, testou positivo para a substância proibida trimetazidina no último dia 25 de dezembro, durante os campeonatos da Rússia, e foi suspensa já no decorrer dos Jogos de Inverno, mas a decisão foi mais tarde anulada.

Em 11 de fevereiro, a Agência Russa Antidopagem (Rusada, na sigla em russo) decidiu abrir um inquérito interno a todos os treinadores e médicos em torno de Valieva, que é menor de idade e, portanto, passível de ter visto os seus interesses mal defendidos por pessoas com essas funções.

Depois de o COI ter suspendido a entrega de medalhas da prova por equipes, que a Rússia venceu e na qual Valieva participou, a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) autorizou a jovem atleta a seguir competindo nos Jogos de Pequim-2022 e a poder participar na prova individual.

Valieva, que, tal como os seus compatriotas, compete na China sob a égide do Comité Olímpico Russo devido ao escândalo de doping que abalou o país, foi manchete em todo o mundo quando, na prova por equipes, realizou na capital chinesa pela primeira vez na história um salto quádruplo.

Estadão
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